Pagamentos feitos com cartão aumentam, mas 26% prefere dinheiro físico

Um estudo realizado pela Nickel, instituição financeira de pagamentos, em parceria com a DATA E, entre 1 e 4 de abril deste ano a 1015 indivíduos residentes em Portugal (Continente e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira), revela que a operação mais realizada pelos portugueses são os pagamentos com cartão (83%), o que equivale…
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Estudo analisou a relação dos portugueses com o setor financeiro e os seus métodos de pagamento preferenciais. O uso dos cartões aumentou, mas continua a existir uma parte significativa da população que prefere o uso de numerário.
Economia

Um estudo realizado pela Nickel, instituição financeira de pagamentos, em parceria com a DATA E, entre 1 e 4 de abril deste ano a 1015 indivíduos residentes em Portugal (Continente e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira), revela que a operação mais realizada pelos portugueses são os pagamentos com cartão (83%), o que equivale a um aumento de sete pontos percentuais em relação a 2024. A segunda operação mais frequente, realizada por 65% dos portugueses, são as transferências a crédito, seguidas dos levantamentos em ATM, preferidos por 53% dos inquiridos.

Ao nível dos métodos de pagamento preferenciais, e apesar de os mais utilizados continuarem a ser o cartão de débito/crédito (73%) e os pagamentos contactless com cartão físico ou aplicações móveis (37%), o uso de dinheiro físico mantém-se presente no dia a dia de mais de 26% dos portugueses.

A escolha de numerário

Neste contexto, os depósitos em numerário têm vindo a ganhar mais destaque: cerca de 43% dos inquiridos declaram realizá-los, um crescimento de seis pontos percentuais face ao ano anterior. A maioria fá-lo esporadicamente (55%), mas 17% fazem-nos com uma frequência igual ou superior a duas/três vezes por mês. As regiões do Algarve (19%) e do Norte (18%) destacam-se pela maior regularidade neste tipo de operação.

Apesar deste aumento, persistem dificuldades no acesso ao serviço. Cerca de 15% dos portugueses referem ter “alguma” ou “muita dificuldade” ao efetuar depósitos em numerário, com Lisboa a surgir como a região mais afetada (19%). Por outro lado, as regiões do Algarve (10%), Alentejo (12%) e Norte (13%) registam menores dificuldades. As principais razões apontadas pelos inquiridos são a dificuldade em encontrar um balcão disponível (83%) – um valor que aumentou 15% em relação a 2024 – e a complexidade da operação em ATM (20%).

“Estes dados mostram que, apesar da crescente digitalização, continua a existir uma parte significativa da população que prefere métodos tradicionais de pagamento, como o uso de numerário. Ao mesmo tempo, crescem as dificuldades práticas de acesso a operações tão básicas como depositar dinheiro – o que evidencia a importância de modelos de negócio de proximidade e mais inclusivos”, sublinha João Guerra, CEO da Nickel Portugal.

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