Um bilionário do setor do imobiliário de luxo, que já viajou até ao ponto mais profundo da Terra e à Estação Espacial Internacional, vai encontrar a sua próxima emoção a quilómetros abaixo da superfície do oceano, num submersível para duas pessoas, para explorar os destroços do Titanic, um ano depois de outro submarino ter implodido e matado cinco pessoas a bordo.
Larry Connor, um investidor imobiliário que começou a sua carreira em Ohio e que tem agora um património líquido de 2 mil milhões de dólares, vai entrar a bordo de um submersível da Triton Submarines e mergulhar nas profundezas dos destroços do Titanic com o diretor executivo da empresa para provar que a indústria da exploração oceânica continua a ser segura e respeitável, depois da implosão do submarino Titan da extinta empresa OceanGate, informou o The Wall Street Journal.
O bilionário contactou o diretor executivo da Triton, Patrick Lahey, poucos dias após a implosão do submarino Titan e manifestou interesse em recriar o mergulho numa embarcação diferente para “mostrar às pessoas em todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, pode ser maravilhoso e agradável e mudar a vida se o fizermos da forma correta”, disse Connor ao mesmo jornal.
A dupla embarcará no Triton 4000/2 Abyssal Explorer, que, segundo consta é seguro para mergulhar até 4 mil metros de profundidade. 200 a mais do que a profundidade do famoso naufrágio do Titanic.
Connor, de 74 anos, tem um historial de busca de emoções e já realizou uma série de aventuras perigosas. O bilionário aplica à sua vida pessoal a mesma filosofia de perigo e oportunidade que aplica à sua vida privada: “É preciso estar disposto a correr riscos calculados, não riscos estúpidos”, disse à Forbes no início deste ano.
Connor foi cofundador de uma empresa imobiliária em Dayton, Ohio, em 1991, e comprou a parte dos seus sócios uma década mais tarde. Atualmente, investe em edifícios de apartamentos de luxo em todo o país através do Connor Group, que tem uma taxa de rentabilidade anual de 30,4%.
O Connor Group vendeu mais de 6 mil milhões de dólares em propriedades desde 1996, dando ao seu fundador um património líquido pessoal estimado em 2 mil milhões de dólares.
(Com Forbes Internacional/Mary Whitfill Roeloffs)