Leonor Freitas pertence à quarta geração de uma família de produção de vinho. Perto dos 40 anos, regressou à terra para pegar no negócio, com ideias que chocaram com o status quo de venda a granel. Ao fim de duas décadas tem um dos mais sonantes impérios nacionais do vinho, a Casa Ermelinda Freitas, que ergueu com o nome da mãe.
Quando no início da década de 1990 Leonor decidiu abandonar uma carreira estável na função pública para não deixar morrer um legado familiar de várias gerações, quase caiu o “Carmo e a Trindade”. Tanto no seio familiar como no meio vinícola de Águas de Moura. É que Leonor não era somente uma mulher à frente de um negócio com o nome de Ermelinda Freitas, mas uma mulher que queria mudar tudo. Literalmente.
Leonor pretendia deixar de produzir vinho a granel (que durante anos foi a única fonte de receita do negócio) para se tornar numa grande produtora nacional. Com essa postura comprou guerras e muitos inimigos. Mas tudo isso valeu a pena. Hoje tem uma das casas mais emblemáticas do universo vitivinícola nacional e uma empresa pronta a conquistar o futuro.