Há dez anos, a entrada em bolsa do Facebook representou a terceira maior IPO (Oferta Pública Inicial) na história dos EUA. Hoje, a tecnológica ainda detém uma das maiores valorizações em IPO, com 104 mil milhões de dólares. Desde então, abriu-se caminho para que outras empresas na área tech tivessem sucesso, desde a ServiceNow até ao Airbnb.
A lista elaborada pela portuguesa Rows explorou os padrões e tendências das IPOs tecnológicas ao longo da última década para traçar os principais sucessos e fracassos.
A lista foi elaborada em colaboração com a Market Sentiment estando classificada por percentagem de crescimento e mostra as empresas ServiceNow, Shopify, Etsy, Square e Facebook entre os principais sucessos no que diz respeito a este tipo de operação financeira, enquanto OnDeck, Coinbase, Lyft, GoPro e Robinhood estão listadas entre os falhanços.
A Farfetch é a única empresa portuguesa na lista: representando uma valorização em IPO de 5,8 mil milhões de dólares e contando com uma percentagem de crescimento (capitalização de mercado vs valorização em IPO) negativa, de -43%.
A capitalização total de mercado nesta lista é de 2,04 triliões de dólares, com um crescimento médio de 227% para IPOs de tecnologia.
De acordo com esta análise, esta mostra também que as empresas de software apresentaram o melhor desempenho em termos de retorno e estabilidade tendo, em média, um crescimento de 273% nos últimos dez anos.
“Os poucos grandes vencedores fintech, como Square e The Trade Desk, compensaram as perdas fintech, trazendo um retorno médio, até à data, de 42%. Já as IPOs de ecommerce ganharam muita popularidade nos últimos três a quatro anos, mas os dados não são tão positivos, com a maioria (8 em 12) a ter retornos negativos”.
A segunda melhor IPO na última década, até à data, é o Shopify, com um retorno impressionante de 3263%.
A Coinbase é a única empresa cripto na lista, tendo tido uma mudança impressionante de cotação de 52,4% num dia, mas acabando por perder o seu valor da abertura para o fecho.
Por fim, na última década, surgiram cinco IPOs de boleia e de delivery, mas apenas uma, Grubhub, teve retornos positivos.
“É complicado prever como os mercados se irão movimentar”, diz Humberto Ayres Pereira, CEO e fundador da Rows.
“Empresas como Robinhood, Lyft e Coinbase, que tiveram um mau desempenho contra todas as expectativas, mostram o quanto é complicado prever como os mercados se irão movimentar. E é por isso que, para os pequenos investidores, é importante manter o controlo dos seus investimentos. Construímos a Rows com a comunidade e a colaboração no seu cerne, e temos visto um número crescente de pequenos investidores a utilizar a plataforma para se manterem atualizados acerca das últimas tendências e perceções financeiras”, realça Humberto Ayres Pereira, CEO e fundador da Rows.
A spreadsheet apresentada pela startup portuguesa foi desenvolvida com base nos dados da bolsa de valores Nasdaq, através da sua integração com a Alpha Vantage, permitindo aos utilizadores obter dados em tempo real sobre ações e moedas. Esta inclui variáveis como avaliação à cotação, preço de IPO, alteração de cotação, preço atual das ações, preço de abertura e fecho do dia, bem como percentagem de crescimento.