As mudanças profundas que se têm observado no mundo do trabalho têm, na Geração Z – a dos nascidos entre 1997 e 2012 –, um dos principais intervenientes, uma vez que estes jovens representam hoje cerca de um quarto da população mundial e assegurarão quase 30% da força de trabalho global no espaço de apenas três anos.

Com expectativas, prioridades e objetivos muito concretos no que diz respeito à esfera laboral e ao papel que a carreira representa ao longo da vida, os Zoomers têm impulsionado uma mudança de paradigma, a que os empregadores estão cada vez mais sensíveis, uma vez que a escassez mundial de talento os obriga a uma adaptação rápida.

Num mercado de trabalho marcado por uma forte escassez de talento, atrair a Geração Z significa, para os empregadores, oferecer os benefícios, as modalidades de trabalho e o crescimento pessoal que esta geração procura, destaca o ManpowerGroup.

Conhecer os aspetos mais valorizados por esta geração é, atualmente, essencial para equilibrar a equação da oferta e da procura no mercado de trabalho. A pensar nisso, e para celebrar o Dia Internacional da Juventude, que se comemora a 12 de agosto, o ManpowerGroup identifica os cinco benefícios mais valorizados pelos jovens da Geração Z no trabalho:

1. Flexibilidade e autonomia
“Avessos a formatos de trabalho ditos tradicionais e muito exigentes quanto às opções sobre quando e onde realizam o trabalho, os Zoomers têm potenciado uma mudança na sociedade, priorizando um equilíbrio mais efetivo entre as esferas profissional e pessoal. Para esta geração flexibilidade e a autonomia são condições de base para vidas que esperam viver com mais bem-estar e saúde mental”;

2. Oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento
“Formação, mentoria e orientação são conceitos chave no vocabulário dos profissionais da Geração Z, que valorizam as oportunidades de desenvolvimento profissional mais além de uma simples progressão na carreira. Esta geração sabe que a sua evolução contínua depende de oportunidades que lhes permitam desenvolvimento e capacitação, para uma empregabilidade atual e futura, nomeadamente em áreas inovadoras. Nesse sentido, os líderes empresariais precisam de promover um ambiente que favoreça a criatividade e espelhe a cultura de uma start-up, ao mesmo tempo que implementam programas de formação e requalificação que permitam a aquisição de novas competências, contribuindo para melhorar a retenção destes trabalhadores”;

3. Cultura diversificada e inclusiva
“Organizações cuja cultura não esteja alinhada com os valores dos Zoomers (como a diversidade, a equidade, a igualdade, o sentimento de pertença e a sustentabilidade ambiental) dificilmente conseguirão atrair e reter este talento. A Geração Z exige mais dos empregadores e tem na integridade das suas convicções um argumento não negociável, querendo estar ligados a organizações que contribuem para um mundo melhor e mais sustentável;

4. Realização pessoal
“O compromisso e envolvimento dos trabalhadores da Geração Z nas empresas também estão associados a empregos significativos e projetos estimulantes, nos quais revêm valor para a sociedade e para si mesmos. A realização de projetos paralelos dentro ou fora da empresa, permite aos Zoomers adquirir competências na sua área de negócio e construir em cima das suas paixões. Por isso, os empregadores que quiserem atrair e reter o melhor talento jovem, precisam de acomodar este seu desejo por carreiras construídas por projetos. Integrar o desenvolvimento de programas “paralelos”, estruturados e incentivados, na proposta de valor dos empregadores, poderá ajudá-los a manter os trabalhadores da Geração Z comprometidos”;

5. Melhores salários
“Analisando o trabalho numa perspetiva mais transacional do que gerações anteriores, os Zoomers têm numa remuneração justa uma das suas principais exigências reais e objetivas. O atual contexto económico, muito desafiante, tornou os jovens desta geração ainda mais conscientes dos seus salários. Cresceram a ver os seus pais a enfrentar dificuldades financeiras nos períodos de recessão económica e, chegados agora ao mercado de trabalho, encontram um período de turbulência económica e estão preocupados em garantir o seu presente e futuro. Consequentemente, estão a exigir aos seus empregadores uma remuneração mais elevada, estando dispostos a mudar de empresa se isso lhes permitir aceder a melhores condições salariais”.