Não se enganem com os apenas 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que integram a Agenda 2030. Escondem milhares, senão milhões de micro passos que a Humanidade tem de dar em conjunto para conservar e utilizar de forma sustentável o Mar, se não estivermos já num “point of no return”.
Os oceanos abrangem 70% da superfície da Terra, são a maior biosfera do planeta e são o lar de até 80% de toda a vida no mundo. Geram 50% do oxigénio que necessitamos, absorvem 25% de todas as emissões de dióxido de carbono e captam 90% do calor gerado por essas emissões. A sua relação com o clima é indissociável: o nível médio global do mar aumentou a uma média de 4,5 mm por ano entre 2013 e 2021, devido ao derretimento das camadas de gelo a um ritmo crescente.
Portugal é anfitrião com o Quénia (é sempre com natural e genuíno orgulho que partilho parcerias com África) a segunda edição da Conferência Mundial dos Oceanos das Nações Unidas. Une-nos a paixão pelo Mar e as costas banhadas pelo Oceano que faz desta uma Economia importante para a nossa sobrevivência e que representa 5% do nosso Produto Interno Bruto e das exportações nacionais, empregando mais de 4% de portugueses. A meta, diz o Governo, é aumentar 30% até 2030 o valor acrescentado bruto. Para tal, destaco uma de uma série de medidas: o Hub Azul, uma rede de infraestruturas tecnológicas em vários pontos do país com o intuito de reforçar a ligação universidades /empresas. Esta conexão é a base para projetar o futuro, mas sobretudo para não deixarmos de viver o presente. Aqui e agora temos de fazer a diferença. Para apostar num modelo de negócio da economia do Mar que seja dinamizador tem de haver transferência de conhecimento e tecnologia entre empresas, academias, instituições privadas e governamentais.
E a ponte, para esses oceanos todos, é o encontro entre o savoir-faire de quem já está e de quem quer estar. Se as mentes estiverem recetivas e se a liderança for firme, as coisas acontecem. Vamos encher os pulmões para salvar “os pulmões do planeta”.
SOBRE NÓS Estamos a crescer. O grupo Emerald, que detém a licença da Forbes Portugal e da Forbes África Lusófona, reforça a sua presença no segmento da comunicação social com a criação da subsidiária Media9 Participações (Media9Par) numa clara aposta no mercado lusófono. Agora, para além dos seis países africanos de língua oficial portuguesa, abraçamos também o Brasil, e preparamo-nos, enquanto GRUPO, para novos voos. #pormaresnuncadantesnavegados.