Encontrar milhares de jovens em concertos, festivais ou recintos desportivos não é motivo de grande espanto. Dar de caras com uma multidão de jovens numa gigantesca aula de programação é outra conversa.
E é isso que está prestes a acontecer em Lisboa com a realização da maior aula de programação de sempre, destinada a bater o Record do Guiness, uma iniciativa que a Galp tem o orgulho de apoiar e que está em linha com o nosso compromisso de fomentar competências tecnológicas entre os jovens. Mais do que tentar quebrar recordes, esta aula é uma afirmação da importância decisiva da literacia digital no mundo contemporâneo.
Em mais de 20 anos de experiência profissional, tenho tido a oportunidade de testemunhar em primeira mão o poder transformador da tecnologia nas suas diferentes fases, desde a automação de processos aos modelos mais recentes de AI.
Na ambição de mantermos a nossa competitividade e conscientes do nosso papel nos temas de inovação e transformação para o futuro, num mundo de constante mudança, a Galp está cada vez mais atenta a todas as “vagas de inovação” às quais as empresas e as equipas estão expostas, com a ambição de criarmos experiências cada vez mais centradas nas pessoas, sustentadas na otimização, automatização e a agilidade nos processos.
É por isso crítico para nós, como líderes e organizações, que se invista no desenvolvimento destas competências do futuro nas gerações mais jovens, para podermos prepará-las para os desafios e oportunidades colocados por uma realidade do trabalho em constante e rápida transformação.
A mudança tecnológica na força de trabalho
A tecnologia, particularmente a IA, já não é um conceito distante. É uma realidade presente que está integrada nas nossas operações diárias. Desde a automação de tarefas rotineiras até à disponibilização de análises de dados avançadas, a IA tornou-se uma pedra angular na promoção da eficiência e inovação. Esta mudança exige uma força de trabalho que não só esteja confortável com a tecnologia, mas também que seja capaz de a utilizar para criar valor.
Com presença em 10 países e três continentes, é fundamental para a Galp recrutar o melhor talento disponível globalmente. Por isso, estamos bem conscientes da importância de criar oportunidades e preparar a próxima geração para os desafios do presente e do futuro. O nosso compromisso vai além das necessidades organizacionais: trata-se de contribuir para uma sociedade onde as mentes jovens são capacitadas para impulsionar a mudança e a inovação.
A parceria entre a nossa equipa de Inovação Aberta e a Equipa de Pessoas é fundamental para apoiar esta ambição. Através de protocolos e parcerias com universidades, facilitamos a troca de conhecimentos e recursos, mantemo-nos conectados à investigação de ponta e atualizamos as competências à medida das exigências do trabalho, criando um ecossistema que conta já com mais de 40 instituições académicas entre Portugal, Espanha e o Brasil, onde todos podemos aprender e crescer juntos.
Ao reunir milhares de jovens ansiosos por aprender e envolver-se com a programação, estamos a criar um movimento que enfatiza o valor da educação em tecnologia numa era em que a IA e o machine learning estão a redefinir indústrias, desde a energia até à saúde, e tudo o que está entre elas. Mais do que isso: estão a redefinir as fronteiras do nosso conhecimento e a forma como aprendemos na escola, nas empresas e ao longo da vida.
Ao promover a educação em programação, não estamos apenas a preencher lacunas imediatas de competências; estamos a capacitar os jovens para inovar e liderar nos seus respetivos campos.
Estas competências incentivam o pensamento crítico, a criatividade e a resiliência – todos atributos essenciais no local de trabalho moderno. Permitem que os jovens se adaptem a ambientes em mudança, resolvam problemas complexos e contribuam de forma significativa para as suas organizações e para a sociedade.
O futuro do trabalho está inegavelmente entrelaçado com a tecnologia. As organizações e, dentro destas, as suas lideranças, têm a responsabilidade de preparar as gerações mais jovens para esta realidade. Ao investir na educação em programação ou inteligência artificial, ao apoiar iniciativas que promovam novas competências e uma cultura de aprendizagem muito diferente do modelo tradicional no qual fomos treinados nos bancos de escola, estamos a trabalhar para que as pessoas realizem o seu potencial e para que a sociedade prospere como um todo.
Mafalda de Lima Vasquez,
Head of Attract, Select and Onboard na Galp