Diz que o gato tem sete vidas. Um felino incrivelmente inteligente e intuitivo, hábil em tomar decisões e com um “reflexo de endireitamento” que permite torcer o corpo e pousar em segurança.
A Forbes celebra neste mês o seu 7.º aniversário. Acredito que também de forma hábil e inteligente e com esse tal reflexo que nos permite cair sempre de pé.
Sim, estamos por cá há sete anos. Abraçámos um passado que não foi nosso, empoderámos, mudámos e crescemos. No meio de uma pandemia, fizemos o nosso revamp, e agora espera-nos outro ano sui generis, onde os vírus, as alterações climáticas e as guerras continuarão a ter um estrondoso impacto nos custos das commodities, nas taxas inflacionistas, na nossa saúde mental. A incerteza, hoje, é a nova certeza.
Mas neste Portugal à beira-mar plantado há que talhar um caminho para lá das adversidades e sermos mais ambiciosos na criação de riqueza e bem-estar para todos. Para isso, urge dar espaço às empresas e aos empresários para criarem, dinamizarem, promoverem a competitividade e serem polos de atração de investimento externo. Portugal é capaz. Do que não precisa, dispensa mesmo, é de uma burocracia centralizada que já se cola ao bom-nome do país e trava o desenvolvimento económico para lá da capital. Do que não precisa é de lideranças sem exemplo, envelhecidas, masculinas na sua maioria, e sem vontade de fazer, em conjunto, uma renovação geracional.
E do que não precisa mesmo é de uma fiscalidade que destrói a ambição do empresariado. Tudo isto sem nunca descurar a importância de um Estado Social, solidário e ambicioso para o seu país e para os seus. Neste equilíbrio temos de coexistir todos e sermos corajosos para mudar o amanhã. Que é já agora, a seguir, literalmente.
Despedimo-nos de 2022 com saudades, na certeza de que estaremos por cá em 2023, cada vez mais… Forbes. (Ops, Fortes.)
Bem hajam.