A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mantém a previsão de crescimento da procura mundial de petróleo em 2025 e 2026, apesar das incertezas económicas e geopolíticas, segundo o relatório mensal da organização hoje publicado.
Sem referir a escalada militar entre Israel e o Irão, a aliança dos países exportadores de petróleo prevê que a procura do ouro negro cresça 1,3 milhões de barris por dia em 2025, tal como no mês passado, e estima que o consumo será de 105,1 milhões de barris por dia em 2026, segundo o relatório, que reavalia mensalmente as suas projeções para ter em conta a evolução da situação económica. Na OCDE, dos países desenvolvidos, a procura de petróleo deverá crescer cerca de 0,2 milhões de barris por dia em 2025, enquanto a procura fora da OCDE deverá crescer mais de 1,1 milhões de barris por dia (mb/d) em 2025.
Desde sexta-feira e o início dos ataques de Israel contra o Irão, que por sua vez retalia, os preços do petróleo subiram em flecha, devido ao receio de perturbações na produção e no transporte do ouro negro.
Em 2026, prevê-se também que a procura mundial de petróleo cresça 1,3 milhões de barris por dia, com um crescimento ainda mais forte nos países não pertencentes à OCDE (1,2 milhões de barris por dia em comparação com 0,1 milhões de barris por dia para a zona da OCDE), atingindo 106,4 milhões de barris por dia. Do lado da oferta, a produção nos países não pertencentes à OPEP deverá aumentar 0,8 milhões de barris por dia em 2025, tal como aconteceu no mês passado, para um total de 54 milhões de barris por dia.
“A procura de petróleo está a atingir novos recordes todos os anos”, comentou hoje o secretário-geral da OPEP, Haitham Al-Ghais, numa mesa redonda da conferência Energy Asia, em Kuala Lumpur, na Malásia, afirmando que “a teoria” do pico do petróleo “chegou ao fim”. Do lado da oferta, a produção não-OPEP deverá aumentar 0,8 mb/d em 2025, tal como aconteceu no mês passado, para um total de 54 mb/d.
“A procura de petróleo está a atingir novos recordes todos os anos”, comentou o secretário-geral da OPEP, Haitham Al-Ghais, na segunda-feira, numa mesa redonda da conferência Energy Asia, em Kuala Lumpur, na Malásia, afirmando que “a teoria” do pico petrolífero “provou estar errada uma e outra vez”.
No entanto, não abordou a questão da escalada militar no Médio Oriente, com o Irão e Israel a realizarem ataques cruzados, e recusou-se a responder a perguntas da imprensa sobre as possíveis repercussões no abastecimento do ouro negro. Desde sexta-feira e o início dos ataques de Israel contra o Irão, que por sua vez retalia, os preços do petróleo subiram em flecha, devido ao receio de perturbações na produção e no transporte do ouro negro.
(Lusa)