Hong Kong está a “arder” e vários países da América do Sul estão em brasa. Há uma revolta no Irão, “coletes amarelos” em França, gritos de independência na Catalunha e um Brexit à espera de acontecer.
Temas como a demografia, as alterações climáticas, a desigualdade social e as novas tecnologias substituíram as tradicionais variáveis de incerteza no palco político-económico. Há uma agenda verde a moldar indústrias e economias, os dados são o novo petróleo e as guerras travam-se nas ruas das grandes cidades. O mundo está virado do avesso e as economias tornaram-se mares demasiado turbulentos para serem navegados à vista.
Será 2020 mais um ano de bull market?
Os desafios que se vislumbram no horizonte para 2020 são mais do que muitos, mas não se engane: não é o fim do mundo e até pode ser um bom ano para os investidores. O desafio está em contornar as armadilhas e agarrar as oportunidades.
Há cerca de um ano, por altura da realização deste mesmo exercício, a conjuntura aconselhava prudência. Os receios sobre o impacto da guerra comercial iniciada por Donald Trump a meio de 2018, somados à incerteza do Brexit, à instabilidade política em Itália e ao abrandamento da economia chinesa, materializavam-se no último trimestre do ano com uma queda generalizada dos mercados accionistas. Pronunciava-se o fim de um dos maiores bull markets da história, e os preços dos activos refúgio, como o ouro e as obrigações de dívida pública das economias mais robustas, estavam em alta. Um ano depois, quem seguiu a máxima de Warren Buffett e teve coragem quando reinava o medo, tem razões para celebrar. Será 2020 mais um ano de bull market?
Na edição de Janeiro, saiba as perspectivas dos economistas para o ano que agora começa e conheça as seis empresas e os seis fundos que a FORBES recomenda a ter “debaixo de olho” em 2020.