A Segurança Social desempenha um papel fundamental na vida dos portugueses, proporcionando proteção financeira em várias fases da vida, incluindo a reforma. Mas já se perguntou onde é aplicado o dinheiro das contribuições mensais para a Segurança Social? Neste artigo, vamos explorar as aplicações financeiras da Segurança Social e como elas impactam o sistema de pensões em Portugal. No final de 2022, o valor do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) ascendia a, sensivelmente, 23 mil milhões de euros.
A Segurança Social é responsável por gerir um vasto portfólio de investimentos, tentando garantir retornos sólidos e seguros para financiar os pagamentos das pensões. Olhando para o histórico, a rentabilidade anual nominal média do FEFSS de 1989-2022 é de +3,37%. De acordo com o Relatório e Contas de 202, disponível no site oficial da Segurança Social, os investimentos são diversificados em diferentes classes de ativos, conforme mostrado na tabela abaixo:

Algumas notas disponíveis no relatório sobre a estrutura da carteira:
- A estrutura da carteira do FEFSS tem uma elevada preponderância de ativos de rendimento fixo (62,70%) e, em particular, de títulos de dívida pública nacional (41,56% em Obrigações do Tesouro).
- Na componente Rendimento Fixo, a maior proporção do investimento mantém-se nos títulos denominados em euro (em particular dívida pública portuguesa), face aos títulos norte-americanos e britânicos. O peso, em rendimento fixo, evolui de 66,23% em 2021 para 62,70% em 2022, uma redução associada ao esforço de contenção dos efeitos da subida das yields ao longo de 2022.
- A componente Rendimento Variável, teve um decréscimo no total de carteira de 2021 para 2022 (de 21,91% para 19,54%). Em termos das suas componentes, a maior perda ocorreu ao nível dos investimentos neste tipo de ativos na Zona Euro.
- A classe Liquidez ganhou peso no total de carteira, tendo passado de 11,38% no final de 2021, para 17,27% em 31 de dezembro de 2022.
Em resumo, o que a Segurança Social tenta fazer é uma gestão eficaz dos investimentos para tentar garantir a sua maximização e rentabilização, contribuindo assim para a segurança financeira dos portugueses na reforma. A diversificação dos investimentos em diferentes classes de ativos ajuda a mitigar o risco e a maximizar os retornos, beneficiando assim os beneficiários das pensões. A questão que se coloca é: se a Segurança Social está a fazê-lo, e bem, porque não o faz isso você também?