Estava no escritório a preparar-se para uma viagem quando uma voz conhecida ao telefone lhe pediu um encontro urgente. Era Eduardo Santini, neto de Attilio Santini, o fundador da gelataria homónima em 1949. O administrador da famosa casa de gelados não desarmou mesmo quando o dono da Logoplaste explicou estar de partida para uma viagem. “Mas é urgente”, ouviu Filipe de Botton, que recorda ter recebido a família proprietária das gelatarias naquele dia pelas 19 horas.
“Propuseram-me ser sócios deles. Num quarto de hora fechei a sociedade com um aperto de mão e tornei-me sócio da família Santini”, relembra. Este é o único acto irrreflectido tomado no mundo dos negócios admitido à FORBES pelo gestor que soube pegar na Logoplaste, empresa fundada pelo pai quando a avalanche do PREC o apanhou (período sequente à revolução de 25 de Abril de 1974), e dar-lhe um lugar ao sol em mais de dezena e meia de países. No sentido contrário à emoção, foi a razão a ter preponderância em negócios como a venda de mais de metade do capital da Logoplaste a um fundo de investimento britânico, e o início de cultivo de mirtilos numa plantação projectada para ser a maior da Europa.
Na edição de Abril/Maio, leia o perfil de um dos maiores empreendedores portugueses. Nas bancas.