O Governo quer avançar com a migração da aviação executiva para o Aeródromo Municipal de Cascais, para aliviar o aeroporto Humberto Delgado, e com a deslocalização de Figo Maduro, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
“Estão a ser encetados procedimentos para melhorias estruturais no AHD [aeroporto Humberto Delgado], que passam pela deslocalização da área militar de Figo Maduro (AT1) e a utilização dessa área para a operação civil”, lê-se no relatório que acompanha a proposta de OE 2024.
Além disso, “valorizando o tecido aeroportuário nacional, visa-se proceder à migração da aviação executiva do AHD para o Aeródromo Municipal de Cascais, procurando a resultante melhoria do AHD, mas também a especialização do Aeródromo Municipal de Cascais no referido tráfego e apostar na migração do tráfego de formação, tão importante para a continuidade da aviação nacional, do Aeródromo Municipal de Cascais para os demais aeródromos nacionais espalhados pelo país, procurando a dinamização desses polos aeroportuários e reforçar a coesão territorial”, detalha.
Questionado sobre os trabalhos para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que em “Figo Maduro estão a ser feitos os trabalhos relativamente à realização dessas obras, que são por conta do concessionário [ANA/Vinci] no regime que esta definido”.
O Governo apresentou o Orçamento do Estado de 2024 (OE2024) que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.
A taxa de desemprego é revista em alta para o próximo ano, prevendo agora 6,7% em 2024, face aos anteriores 6,4%.
Já quanto à inflação, o executivo está ligeiramente mais pessimista, prevendo que a taxa caia de 8,1% em 2022 para 5,3% em 2023 e 3,3% em 2024.
A proposta de lei prevê, igualmente, o melhor saldo orçamental em democracia, apontando-se 0,8% do PIB em 2023 e 0,2% em 2024.
Lusa