Não o quiseram na tribuna de Presidente da República, mas este ex-vereador da Câmara Municipal do Porto não desarma na sua batalha verbal e judicial contra a corrupção. Licenciado em Matemática e doutorado em Engenharia Industrial e Gestão, este natural de Viana do Castelo não perde o tempo em bordados e prefere tentar descoser a teia de interesses ilegítimos que encontra em sectores como o imobiliário, usando a justiça para atacar, entre outros, os advogados, mas também políticos, como ele próprio foi (é?).
Se as eleições presidenciais fossem daqui a seis meses, a sua decisão de recandidatura a Belém seria uma. Assim, logo se vê, diz o homem que muitos vêem como justiceiro, outros como populista, mas que mantém a sua aposta na participação cívica.
Numa entrevista desassombrada à FORBES, fala de casos como o troço de auto-estrada em que a expropriação de terrenos deveria ter representado 20% da despesa, mas foi mais do dobro. Ou da estação de metro que foi desenhada para colidir com um estádio de futebol e assim obrigar a indemnizar o clube que o utilizava, e que entretanto até já faliu.