O recente inquérito sobre a perspetivas de verão 2021, realizado de 7 a 25 de junho em Portugal, sobre o impacto da Covid-19 na hotelaria, revela que, de junho a outubro, a intenção de encerramentos na hotelaria caiu de 17% para 7%.
“A tendência de abertura consiste em todas as regiões, mas Lisboa surge com a taxa de encerramento mais alta entre junho e outubro e Algarve e centro não tencionam encerrar entre Julho e Setembro”, refere o inquérito.
Sobre o 1ª quinzena de junho, o inquérito destaca que a taxa de ocupação média nacional foi de 48%, sendo que o Alentejo foi o que registou maior ocupação (61%), seguido por Algarve (60%), R.A.Madeira (49%), R.A. Açores (49%), Centro (42%), Norte (40) e Lisboa com menor registo (32%).
Em relação aos preços, o inquérito revela que nas duas primeiras semanas de junho, o preço médio por quarto em Portugal foi de 93,57 euros. A parte norte do país teve o melhor registo de preços 127, 91 euros, Algarve 120, 78 euros, Alentejo 109,74, Lisboa 79,51, enquanto que R.A Açores registou o preço mais baixo (63,59 euros).
Os dados acima mencionados indicam que o Algarve e o Alentejo apresentam uma taxa de ocupação superior a 60%, o preço médio por quarto nacional mantém-se acima dos 93 euros, com realce para o Centro e Açores com um preço médio por quarto a rondar os 64 euros e Lisboa nos 80 euros.
Portugal, Espanha e França no TOP 3 de mercados
O estudo aponta a prevalência do turismo interno, sendo que 88% dos inqueridos inclui Portugal no seu top 3 de principias mercados, seguido de Espanha e França, enquanto que o EUA surge na 7.º posição dos principais mercados.
A lista dos principais mercados é composta por 10 países, Portugal surge na primeira posição nas perspetivas de escolha dos inqueridos com (88%), Espanha em segundo com (69%), depois segue-se a França (50%), Reino Unido (30%), Alemanha (29%), Países Baixos (9%), EUA (7%), Itália (5%), Brasil (5%) e Bélgica (5%).
Os constrangimentos às viagens também mereceram uma abordagem no inquérito, que aponta 4 constrangimentos. Os inquéritos auscultados apontam a primeiro constrangimento tem que ver com a restrição de voos e limitação de mobilidade (40%), medo de ser infetado com Covd-19 (26%), incerteza e desconhecimento das regras no local de destino (25%) e diminuição do orçamento para viagens (8%).
O que vai mudar na forma como se faz turismo?
Com o cenário pandémico as tendências apontam que o digital que passa a ter maior peso no setor hoteleiro com (21%), maior preocupação com higiene e segurança (21%), maior procura por Turismo de natureza e Turismo sustentável (16%), aumento das reservas com menor antecedência/ last minute (15%), aumento das reservas reembolsáveis (8%), diminuição das reservas de grupos/ tour operação (5%), aumento do turismo interno (4%), diminuição do turismo de negócios (3%), maior valorização dos serviços / experiências (3%) e estadias mais curtas (2%).
O Inquérito Perspetivas Verão 2021 foi realizado de 7 a 25 de junho de 2021, pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, incluiu variadas unidades hoteleiras que responderam questões ligadas ao setor do turismo como a taxa de ocupação, preços, estadia, encerramento, reservas, cancelamento, mercado e contradimentos.