Com mais de 3600 empresas aderentes, o programa ‘Portugal Sou Eu’ abrange todos os setores da economia nacional e tem por missão
dinamizar o tecido empresarial, através do apoio ao produto português e do consumo informado, determinante para uma escolha
consciente e esclarecida por parte dos consumidores. Num momento particularmente difícil para os produtores nacionais face à atual pandemia, existe uma clara perceção de que, ao comprar um produto com o selo ‘Portugal Sou Eu’, contribuímos para que a economia seja mais resiliente, fomentando uma menor dependência externa de cadeias de valor em que se verifica, genericamente, autossuficiência
da produção nacional.
Nesse sentido, a iniciativa lançou uma campanha de sensibilização com 16 embaixadores que declararam o seu empenho em ajudar Portugal a recuperar a economia, através da assinatura “O que nos une? Ser Português é o que nos une. E este selo é a nossa garantia. Escolha
Portugal” Nomes como Carolina Piteira, Cláudia Vieira, Cristina Ferreira, Cuca Roseta, D.A.M.A., Fátima Lopes, Fernanda Freitas, Henrique Sá Pessoa, Júlio Isidro, Júlio Magalhães, Justa Nobre, Luís Buchinho, Luís Onofre, Nélson Évora, Rosa Mota e Vítor Sobral deram a cara pela campanha que, segundo o ministério de Estado, da Economia e da Transição Digital. , transmitiu um sinal de união e esperança no futuro.
Aqui fica, em detalhe, o balanço do ministro Siza Vieira sobre um programa que promete continuar a apoiar economia nacional.
“OS PORTUGUESES VALORIZAM A ORIGEM DOS PRODUTOS E DOS SERVIÇOS”
Na última crise económica Portugal assistiu a um movimento de promoção do que é nacional. A crise provocada pela pandemia Covid-19 está a reavivar a necessidade de consumir o que é nacional. Em que medida o ‘Portugal Sou Eu’ tem ajudado a alterar os hábitos de compra dos portugueses?
A crise provocada pela pandemia de Covid-19 reforçou a importância da concretização de alguns desígnios estruturantes, sendo disso exemplos o encurtamento geográfico das cadeias de valor, o que pressupõe, naturalmente, a valorização dos produtos com elevada incorporação nacional. No cumprimento destes objetivos, a iniciativa ‘Portugal Sou Eu’ desempenha um importante papel, dado que a sua génese assenta na dinamização e valorização da oferta nacional, bem como na promoção do consumo informado, através da divulgação de uma marcação distintiva, ativa e identitária.
Tendo em conta esta crise, nos últimos meses o programa “Portugal Sou Eu” desenvolveu alguma iniciativa para promover a produção nacional?
A situação epidemiológica causada pela Covid-19 exigiu à iniciativa ‘Portugal Sou Eu’ uma adaptação do seu plano de atividades, uma vez que as participações previstas nos grandes certames nacionais sofreram alterações de calendarização. Assim, além das iniciativas que o programa desenvolveu em parceria com diversas entidades, foi lançada uma campanha de sensibilização para a compra consciente dos consumidores, procurando envolver os Portugueses na retoma da atividade económica. Com o mote ‘O que nos une?’, a campanha é protagonizada por 16 embaixadores que declaram o seu empenho e compromisso em apoiar o nosso país no estímulo à economia, promovendo a compra
de produtos com o selo ‘Portugal Sou Eu’. Num momento em que Portugal atravessa desafios singulares, esta iniciativa afigura-se especialmente útil e oportuna. Espero que esta campanha de comunicação, que esteve no ar mais de um mês, tenha feito chegar a mensagem a muitos portugueses e que possamos assim reforçar o contributo para o incremento da projeção da oferta nacional.
Em setembro do ano passado o programa lançou a rede de empresas aderentes”. Qual a mais valia de pertencer a esta rede?
Através do lançamento da rede de empresas aderentes ‘Portugal Sou Eu’, estimulou-se a criação de um ecossistema empresarial único e exclusivo, o que permite comentar o envolvimento das empresas, assim como dinamizar a notoriedade global do programa. Ao integrar
esta rede, as empresas poderão beneficiar das suas vantagens competitivas, desde logo ao nível da escala. Estas novas dinâmicas de trabalho em rede são decisivas para o crescimento do programa e das empresas que o integram, num esfoço conjunto de valorização da oferta nacional junto dos consumidores portugueses.
O ‘Portugal Sou Eu’ foi lançado no final de 2012. Decorridos oito anos, o principal objetivo do programa mantém-se? Qual o balanço que faz?
Ao longo destes últimos oito anos, a iniciativa teve sempre como principais objetivos a dinamização e valorização da oferta nacional com assinalável incorporação de valor acrescentado. A evolução tem sido contínua e positiva. Hoje, o selo ‘Portugal Sou Eu’ está mais consolidado junto de empresários e de consumidores. A evolução a que temos vindo a assistir, ao longo destas três fases, quer no número de empresas, quer no número de produtos e serviços aderentes, prova que o programa continua a crescer e a desempenhar um papel cada vez mais importante na prossecução dos seus objetivos. As mais de 3600 empresas aderentes e os mais de 11 300 produtos e serviços associados são a prova de que esta iniciativa está a recolher a preferência de um número cada vez maior de operadores económicos.
Assim sendo, já se prevê o lançamento da Fase IV?
Além da perceção empírica que temos da evolução da iniciativa «Portugal Sou Eu», assim como das várias reações que vamos recolhendo junto dos empresários, os estudos de avaliação e diagnóstico do programa demonstram que os portugueses têm preferência pelo
consumo de produtos nacionais, contribuindo para apoiar as empresas, gerando emprego e fortalecendo a nossa economia. Do ponto de vista dos operadores económicos, os estudos refletem que as vendas beneficiam com a adesão ao programa «Portugal Sou Eu», com 78,4% das empresas a reconhecerem expressamente esta mais-valia. Esta é, como tal, uma iniciativa que continuaremos a apoiar no futuro.