Com uma avaliação de cerca de 2,7 mil milhões de euros, a Anchorage Digital acaba de se tornar no primeiro unicórnio cripto comandado por um português.
“À medida que mais e mais instituições procuram acrescentar serviços cripto às suas ofertas, encontramo-nos num ponto de inflexão”, explica Diogo Mónica, presidente e cofundador da Anchorage Digital. “Este financiamento coloca a Anchorage Digital numa posição confortável para responder à procura institucional sem precedentes deste mercado em rápida evolução. Estamos gratos por a KKR e este grupo mais vasto de investidores partilharem a nossa visão de expandir o acesso institucional regulado aos ativos digitais”, acrescenta.
Ronda Série D de 310 milhões de euros
Liderada pela KKR, a ronda Série D de cerca de 310 milhões de euros, conta ainda com investidores como a Goldman Sachs, a Alameda Research, a Andreessen Horowitz, a Apollo, e fundos e contas geridas pela BlackRock, a Blockchain Capital, a Delta Blockchain Fund, a Elad Gil, a GIC, a GoldenTree Asset Management, a Innovius Capital, a Kraken, a Lux Capital, a PayPal Ventures, a Senator Investment Group, a Standard Investments, a Thoma Bravo, e a Wellington Management.
Carta branca dos EUA para atuar
Sendo a primeira empresa cripto-nativa a receber, em janeiro deste ano, carta branca do Office of the Comptroller (OCC) – um órgão independente do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos que colocou o Anchorage Digital Bank no mesmo patamar regulamentar dos outros bancos tradicionais do país -, a Anchorage Digital permite, às instituições, de forma segura e acessível, participarem no universo dos ativos digitais.
Inicialmente pensada como um serviço de custódia de criptomoedas, a fintech alargou entretanto o seu leque de serviços cripto para um sistema robusto de transação, financiamento, staking e governação.
A Anchorage Digital planeia utilizar este último financiamento para melhorar as suas soluções de infraestruturas, especificamente para empresas financeiras globais e fintech inovadoras. Irá também investir para “acelerar e simplificar o envolvimento dos clientes com o que há de mais recente em inovação cripto e aumentar a sua equipa e clientes para
continuar a expandir a oferta de produtos”.
“Queremos continuar a apostar no talento português. A Anchorage acaba o ano com uma ronda liderada por algumas das maiores empresas financeiras do mundo. O crescimento da adoção institucional dos criptoativos demonstra o impacto que estes estão a ter no sistema financeiro tradicional no mundo, em geral, e em Portugal, mais concretamente”, sublinha Diogo Mónica.