Quando foi estudar Engenharia Informática para a cidade francesa de Lyon, António Miguel Ferreira teve o seu primeiro contacto com uma tecnologia que viria a mudar radicalmente o mundo. A Internet, no princípio dos anos 1990, era algo totalmente desconhecido do grande público em Portugal. Em França, a diferença era abismal: até os quartos da residência universitária da cidade francesa onde vivia já estavam ligados à rede.
Reconhecendo o potencial desta tecnologia, António viu aqui uma oportunidade de negócio. Quando voltou a Portugal, foi um dos fundadores daquela que viria a ser a primeira empresa a fornecer acesso à Internet no nosso país. A Esotérica, criada mesmo no início dos anos 1990, antecipou-se à própria Portugal Telecom, assente à época num confortável monopólio, ao fornecer este serviço. Foi de tal forma bem-sucedido neste pioneirismo que acabou, juntamente com os seus sócios, por vender a empresa em 1999 a uma multinacional norte-americana.
Muito aconteceu desde então. Hoje, é director-geral da tecnológica britânica Claranet em Portugal. Apesar de trabalhar por conta de outrem, continua a empreender. E à FORBES conta as lições de gestão que o seu percurso profissional, já de mais de 20 anos, lhe ensinou.