Presidiu ao Banco Mello e foi vogal do conselho de administração do BCP, que no início deste século adquiriu aquela instituição. Selar a concretização do sonho que levou à criação do novo banco da praça financeira portuguesa não foi, assim, um trabalho estranho para si. O presidente executivo e do conselho de administração dos CTT é o cliente número 1 do Banco CTT, do qual é também é presidente do conselho de administração.
Num desafio em que a privatização da histórica empresa postal portuguesa serviu como desbloqueador de impasses de várias décadas, Francisco Lacerda teve a primeira vitória em Novembro de 2013, quando o regulador atribuiu a licença bancária. O amante de vela aproveitou o vento que libertou os CTT das amarras do Estado e começou a arrumar a casa da empresa pública para privada e 100% cotada em bolsa.
Na calha esteve a compra de um activo que conhecia dos seus tempos do BCP. O negócio não avançaria, mas o Millennium bcp acabaria por ter algo a ver com o futuro do Banco CTT: por ali passou também um amigo de outras guerras, Luís Pereira Coutinho, escolhido para número dois (como cliente do Banco CTT) e presidente executivo da nova instituição bancária. Com Sérgio Monteiro, o secretário de Estado que apostou em Lacerda e na privatização dos CTT, o gestor mudou a história. A estória, a sua enquanto banqueiro que levou a carta a Garcia, é contada nesta edição.