Com as sanções impostas em maio de 2019 pela administração Trump a terem sido confirmadas pela nova administração Biden, a Huawei tem procurado novas áreas de crescimento, para lá do negócio dos smartphones, cujas receitas se estimam que caiam, pelo menos, 30 a 40 mil milhões de dólares em 2021, ou seja, entre 25 a 34 mil milhões de euros.
E o Huawei Connect 2021, o principal evento anual da multinacional dedicado à indústria global de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), que está a decorrer em formato online até 31 de outubro, é uma boa prova de força do gigante tecnológico chinês e do modo como encara o futuro.
Os recursos tecnológicos podem tornar todo o tipo de organizações mais eficientes, acentua a Huawei.
Este ano, a edição de 2021 do Huawei Connect é subordinada ao tema “Dive into Digital” (“Mergulho no Digital”), aprofundando a aplicação prática de tecnologias de ponta – como Cloud, Inteligência Artificial e 5G – em todos os setores e de como estes recursos podem tornar todo o tipo de organizações mais eficientes, versáteis e, sobretudo, mais resilientes à medida que avançamos em direção à recuperação económica.
O programa é alargado, incluindo mais de 200 palestrantes convidados para debater a eficiente integração da tecnologia digital e respetivo know-how em diferentes cenários de negócio.
Com o intuito de promover um ecossistema aberto da indústria e impulsionar o sucesso partilhado entre todos os stakeholders, o evento também contará com exposições online, visitas remotas a exhibition halls e painéis de discussão abertos, o que vai permitir a interação online e experiências one-stop.
Colaboração com indústrias para se tornarem digitais
Na sessão de abertura dos trabalhos do Huawei Connect 2021, Eric Xu, presidente rotativo da Huawei, abordou a questão da colaboração com as indústrias para elas se tornarem digitais.
Lembrando que “disponibilizar a tecnologia digital a cada pessoa, lar e organização para criar um mundo totalmente conectado e inteligente é um aspeto crítico da missão da Huawei”, Eric Xu diz que “o desenvolvimento digital depende da tecnologia digital, e para que ela permaneça relevante, devemos continuar a inovar e criar valor”.
Neste contexto, “cloud, IA e redes são três tecnologias digitais críticas”, às quais a Huawei está a dedicar especial atenção, em concreto para permitir o desenvolvimento com base na redução de emissões de carbono e para onde a indústria como um todo está a rumar.
Soluções digitais para cinco áreas de negócios
Estas palavras foram uma espécie de “aperitivo” para no segundo dia do evento, o gigante tecnológico ter apresentado onze grandes soluções baseadas em cenários para cinco áreas de negócios: transporte, finanças, energia, fábricas e departamentos estatais.
As soluções tecnológicas desenvolvidas pela Huawei pretendem ser um contributo para a criação de cidades inteligentes (setor público), postos de abastecimento de combustíveis e fábricas de energia “verdes” e eficientes (setor energético), sistema financeiro ecológico e conectado (setor financeiro), aeroportos e controlo de tráfego aéreo inteligentes (setor dos transportes) e fábricas mais eficientes (setor industrial).
O Huawei Connect 2021 também serviu de palco para o lançamento do serviço nativo de Cloud, o UCS – um Ubiquitous Cloud-native Service disponível no Huawei Cloud. “Com o UCS, a Huawei planeia fornecer às empresas uma experiência consistente ao recorrer a aplicações nativas da Cloud que não sejam limitadas por questões de ordem geográfica, acelerando assim a transformação digital em todos os setores”, afirma a empresa.
Por sua vez, Zhang Ping’an, CEO da Cloud Business Unit e presidente do Huawei Consumer Cloud Service, deu a conhecer novos serviços e produtos no evento, nomeadamente MacroVerse aPaaS, OptVerse AI Solver, Huawei Cloud Stack 8.1, SparkRTC – um serviço de áudio e vídeo em tempo real e Pangu, um grande modelo para moléculas de medicamentos.
Para finalizar a sua intervenção no Huawei Connect 2021, Eric Xu fez questão de dizer que a inovação contínua “tem sido a força motriz da digitalização até agora. Seguindo em frente, se esperamos alcançar objetivos mais ambiciosos para a digitalização, a inovação contínua é a chave. Portanto, não vamos abrandar a inovação para assim alcançarmos um futuro melhor.”