Já era assim. Em muitos países do resto do mundo. Mas agora é o também em Portugal. Tem a duração de um ano, em vez de dois, começa em janeiro em vez de no tradicional ano letivo e é muito prático. Chama-se Mestrado de Gestão Aplicada, ou MGA como o apresenta o professor José Crespo de Carvalho, diretor do ISCTE – Executive Education: “Qualificar com uma lógica aplicada e conseguir fazer um reskill de quem já está em contato com o mercado de trabalho, dando-lhes outras maturidade e competências decisionais” é o que agora se pretende com esta formação inédita de 60 créditos que inaugura um novo formato de mestrado em Portugal.
Para Crespo de Carvalho “o foco é no mercado com alguma experiência profissional, até porque num mestrado como este, de carácter internacional, não ter experiência seria um handicap. É fundamental que tenham já conhecimento de alguns problemas reais, um sentido critico e construtivo, que saibam olhar para lá do mundo académico”. Por isso são necessários cinco anos de experiência mínima para se candidatar a uma das três fases (a primeira terminou a 6 de outubro) e fazer parte – pós análise de currículo e entrevista – dos 150 alunos distribuídos por 4 turmas que, a partir de 1 de janeiro de 2021 iniciam o primeiro MGA.
Em regime pós-laboral, o mestrado apresenta três componentes: a componente modelar de aulas, a componente de consulting labs que é o contacto direto das empresas e a individual que é um trabalho aplicado final e não uma tese formal. “As empresas apresentam problemas e os estudantes têm um tempo para os resolver, sendo avaliados no final por um pitch. Pretende-se criar aqui um ecossistema com muitas empresas a colocarem problemas, de modo a que os candidatados sejam alimentados por essa realidade em modo aplicacional e não concecional”, esclarece.
Outra das nuances desta ação formativa é que viajará para os países da CPLP. Está já firmado um acordo com a Multiconsulting para divulgar o MGA nos países de língua oficial portuguesa, apresentando-se como um modelo vantajoso num contexto económico desfavorável: “Antigamente os alunos tinham de cá estar dois anos para fazerem o mestrado com todos os custos que isso acarreta. Com o MGA têm a possibilidade de estar em Portugal apenas seis meses e ir para o seu país de origem fazer o trabalho individual diretamente no terreno, o que é francamente interessante e inovador”, remata.
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