A Premier League anunciou que aprovou a oferta do bilionário norte-americano Todd Boehly para comprar o Chelsea FC ao proprietário de longa data, o russo e oligarca Roman Abramovich, uma venda que emitiu a licença de venda do governo do Reino Unido, depois também de obtido um parecer positivo por parte do governo português, consultado pelo facto de Abramovich tem passaporte português.

Os responsáveis da Premier League referiram em comunicado que aprovaram a aquisição após uma análise positiva em relação a todos os possíveis membros do conselho de administração.

Consórcio comprador

Os membros do consórcio comprador incluem Boehly, o bilionário empresário suíço Hansjorg Wyss, o bilionário Mark Walte (coproprietário do Los Angeles Dodgers com Boehly) e o Clearlake Capital Group, uma empresa de capital privado.

O governo britânico aprovou a aquisição na noite de terça-feira, segundo confirmou a secretária de Cultura. Nadine Dorries, já esta manhã.

“Na noite passada, o governo emitiu uma licença que permite a venda do @ChelseaFC”, twittou Dorries.

“Estamos satisfeitos que o produto da venda não beneficiará Roman Abramovich ou outros indivíduos sancionados”, slaienta o governo britânico.

“O governo [britânico] não quer que Abramovich receba rendimentos da venda, que irão para uma conta bancária congelada para ser doado a instituições de caridade. Após um extenso trabalho, agora estamos convencidos de que os lucros totais da venda não beneficiarão Roman Abramovich ou qualquer outro indivíduo sancionado. Começaremos o processo ao garantir que os lucros da venda sejam usados para causas humanitárias na Ucrânia, apoiando as vítimas da guerra. As medidas de hoje vão garantir o futuro do património cultural do clube e proteger os adeptos e a comunidade do futebol em geral”, afirma em comunicado um porta-voz do governo.

Da compra em 2003 à venda em 2022

Abramovich, um bilionário russo com um património líquido que a Forbes ainda estima em cerca de US$ 9,1 biliões (8,5 mil milhões de euros), comprou o Chelsea por cerca de US$ 190 milhões (178 milhões de euros) em 2003. Abramovich anunciou que venderia o clube no início de março em virtude da pressão dos políticos britânicos sobre os seus laços com o presidente russo, Vladimir Putin depois da Rússia atacar a Ucrânia. O Reino Unido sancionou Abramovich dias depois, deitando por terra os seus planos de vender a equipa, impondo a doação dos lucros para as vítimas da guerra na Ucrânia.

O Chelsea passa das mãos de um bilionário russo para um bilionário americano.

Quem é Boehly?

Boehly é formado em finanças e os seus avós emigraram para os EUA vindos da Alemanha. Trabalhou no Citibank e no CS First Boston, tendo feito uma carreira a investir em equipas desportivas, possuindo 20% da equipa de beisebol dos Los Angeles Dodgers e também é um dos proprietários dos equipa feminina de basquetebol dos Los Angeles Sparks (cujo dono são os Los Angeles Dodgers).

Boehly é ainda proprietário de uma empresa de organização de eventos despoertivos, a Cloud9. Até 2005 foi presidente da Guggenheim Partners, uma empresa de serviços financeiros com sede em Chicago, tendo co-fundado uma holding chamada Eldridge Industries, da qual agora é presidente e CEO.

US$ 5,2 biliões (4,8 mil milhões de euros). É quanto o consórcio de Boehly pagará pelo Chelsea FC – um preço recorde para uma equipa esportiva profissional – de acordo com vários relatórios. O recorde anterior para uma equipa foi estabelecido em 2019, quando Joe Tsai pagou cerca de US$ 3,3 biliões (cerca de três mil milhões de euros) pelo Brooklyn Nets e pelos direitos operacionais do Barclays Center.