Na Pré-História o homem já usava conchas, ossos e pedras para se adornar e proteger, mas também como um símbolo de estatuto. Mais tarde, depois da descoberta dos metais, as técnicas de joalharia aperfeiçoaram-se e, com elas, também o seu significado cultural se poliu. Enterrava-se ouro com os mortos e já no Antigo Egipto as joias de Cleópatra foram símbolos de riqueza e autoridade, sempre associadas ao culto do Belo.
É neste contexto que surge ‘O Banquete’, uma interessante reinterpretação da ourivesaria medieval, uma recuperação das formas e da iconografia da Realeza e Nobreza de 1400, da autoria de Juliana Bezerra: “Curiosamente o meu interesse pelo tema começou com a Princesa Espanhola Catarina de Aragão, que depois se tornou Rainha Consorte de Inglaterra no início do Renascimento. Fui estudar as gerações anteriores e mergulhei neste universo mágico, exuberante e rico em detalhes e significados, que corresponde historicamente ao último período da Idade Média”, avança Juliana Bezerra.
A coleção surpreende pela força imponente da combinação de turmalinas, ágatas, granadas e rodilites, que adornam aneis, brincos e gargantilhas em prata e prata dourada. “O que mais me tem interessado no processo criativo é a possibilidade de explorar uma determinada época histórica ou movimento artístico, compreender hábitos e costumes de outro tempo, desconstruir e voltar a criar uma peça completamente nova”, explica a artista.
As peças estão disponíveis no site aqui.