Até 2027, os novos métodos de pagamento digitais representarão cerca de 30% do total do volume das transações non-cash. Por sua vez, os meios tradicionais manterão ainda uma fatia de 70%. Esta é a conclusão do estudo World Payments Report 2023 realizado pelo Research Institute Capgemini. O número de transações sem dinheiro físico deverá rondar os 1,3 mil milhões até ao final deste ano.
Este estudo estima que as transações non-cash crescerão de forma acelerada nos próximos anos, impulsionadas também pelos novos métodos de pagamento digitais e a sua adoção por consumidores e empresas. Até 2027, deverá atingir-se as 2,3 mil milhões de transações, crescendo estas 19,8% na Ásia e Pacífico, 10% na Europa e 6,5% na América do Norte.
O alargamento das infraestruturas de pagamentos digitais, da regulamentação e do open banking está a provocar uma mudança acelerada na forma como pagamos bens e serviços.
Até 2027, deverá atingir-se as 2,3 mil milhões de transações, crescendo estas 19,8% na Ásia e Pacífico, 10% na Europa e 6,5% na América do Norte.
Os novos métodos de pagamento, de que são exemplo os pagamentos instantâneos ou em tempo real, moedas digitais, carteira digitais, pagamentos conta-a-conta e pagamentos com código QR, estão a ganhar terreno aos mais tradicionais, como cheques, débitos diretos, cartões e transferências a crédito.
Empresas inquiridas insatisfeitas com serviços de cash-management
Segundo este estudo, mais de metade dos responsáveis pela gestão financeira das empresas inquiridas acreditam que a crescente globalização do comércio e as interrupções contínuas na cadeia de abastecimento impulsionaram a procura de serviços mais eficientes de cash-management e de otimização da gestão da tesouraria (CMS). Um terço dos inquiridos acredita que os riscos geopolíticos e de cibersegurança tornou o CMS um serviço crítico. Outro terço acredita que o principal motivo para esta necessidade é o aumento da inflação.
O research revela ainda que a maioria das multinacionais se sente dececionada com as atuais ofertas de CMS, uma vez que se relacionam, em média com 27 ou mais instituições financeiras, para conseguires obter uma resposta adequada. Mais de 70% dos gestores confirmam mesmo que enfrentam problemas de negligência em litígios com os bancos, que se deparam com má avaliação do risco de crédito e com atrasos ou duplicação dos processamentos dos pagamentos.
Atual modelo do CMS precisa ser revisto
“O atual modelo do CMS precisa de ser revisto. As ineficiências crescentes e os longos ciclos de conversão de liquidez criam uma pressão adicional para os gestores das empresas,” afirma Jeroen Hölscher, Global Head of Payments Services da Capgemini. “O nosso estudo conclui que uma base digital robusta é o caminho a seguir para otimizar a cadeia de valor. Ao simplificar a complexidade inerente aos seus próprios modelos operacionais e de TI, os bancos e as empresas de pagamentos podem aumentar a produtividade e o desempenho dos CMS dos clientes”, diz ainda.
O World Payments Report 2023 baseou-se em informação recolhida em 17 mercados, nos quais foram entrevistados 355 diretores financeiros de grandes empresas e 130 gestores de grandes bancos, empresas de serviços financeiros, entre outras instituições financeiras.