O programa televisivo “Jantar Indiscreto” estreou na RTP2, na noite de quinta-feira, às 23 horas, com o mote de colocar os portugueses a debater os preconceitos que ainda subsistem na sociedade.
Este “Jantar Indiscreto” foi idealizado e produzido pela Muxima Bio BV e vai contar com seis episódios apresentados pela ativista e empresária de impacto social Myriam Taylor.
De acordo com o comunicado a que a FORBES teve acesso, cada semana a ativista recebe quatro convidados para uma refeição sem tabus e onde estarão em cima da mesa várias perguntas, como: Quem são os portugueses? De acordo com o nosso imaginário, qual a aparência de uma mulher cigana? O que é identidade de género? Que estilo de vida associamos a uma pessoa gorda? Numa relação lésbica, alguém tem de assumir o papel de homem? Será que reconhecemos outras formas de se ser politicamente ativo para além da militância partidária? Se não existem raças como explicar a existência do racismo?
Cidadãos comuns, escolhidos aleatoriamente, respondem a estas e outras perguntas e põem em pratos limpos, sem filtros nem tabus, as suas histórias de discriminação.
Citada no comunicado, Myriam Taylor lembra que a proposta do programa está a “marinar” há cerca de ano e meio, sendo que a pandemia abrandou os planos de realização. A empresária salienta que “o projeto começou a ser desenhado quando entendi que a riqueza das conversas que eu promovia nos jantares em casa não se deveria cingir a esse espaço”.
No mesmo documento, a ativista lembra que “os temas que trouxemos nesta ronda são a ciganofobia, a lesbofobia, a questão da legitimidade de alguns corpos políticos, a transfobia, a gordofobia e, por fim, o racismo”. A dreamer in chief da Muxima assume ainda que está confiante na receita positivamente transformadora do programa.
Sobre o impacto que este “Jantar Indiscreto” poderá vir a ter, Myriam Taylor espera que seja “por um lado, e principalmente, de desconstrução de preconceitos, porque é disto que estamos a tratar e, por outro lado, de evolução, porque daqui também vão sair propostas que podem vir a ser acomodadas pelo Governo”.