As plantas e os animais sempre foram altamente simbólicos nas culturas asiáticas, imbuídos de poderes e atributos especiais, e as cenas da natureza desempenham um papel importante na história da arte asiática. Estudando de perto as formas corretas e a anatomia de plantas e de animais, os artistas reproduziram-nos durante séculos em detalhes delicados e altamente precisos.
Embora a temática não se limitasse apenas a flores ou a pássaros e estes elementos não surgissem necessariamente juntos, a pintura da natureza atingiu o seu apogeu com estas “imagens de flores e pássaros” (conhecidas como kachōga no Japão e Hwajohwa na Coreia).
Foi esta tradição que os designers da Jaeger-LeCoultre e os artistas do atelier de Métiers Rares interpretaram nos mostradores dos novos relógios que agora lançam, unindo lacagem, pintura em miniatura e cravação de pedras preciosas com elevada mestria.
Assim, inspirada nesta secular tradição artística da Ásia de retratar o mundo natural, a Jaeger-LeCoultre enriqueceu a série Rendez-Vous Sonatina Peaceful “Nature” com três novos relógios.
A nova trilogia de relógios femininos Rendez-Vous Sonatina evoca três das artes decorativas que a Jaeger-LeCoultre também domina no seu atelier de Métiers Rares (“Técnicas Artesanais Raras”, em português): pintura em miniatura, lacagem e cravação de pedras preciosas.
O uso da laca, com a sua translucidez e brilho acentuado, baseia-se na ligação profunda entre o trabalho artesanal asiático e o estilo europeu. Técnica artesanal antiga, cujos primeiros exemplos conhecidos datam do final do período Neolítico, a lacagem urushi foi trazida da Ásia para o Ocidente pela primeira vez no século XVI.
Altamente valorizada pela sua aparência preciosa e origens exóticas, a laca urushi teve um profundo impacto na arte e nos gostos europeus desde então.
Há três versões de mostradores, baseados em três imagens, cada uma das quais com uma história e significado:
Peaceful Nature – Crane: Num fundo em laca azul-esverdeada-escura, um grou (tsuru no Japão) paira sobre um pinheiro, com o arco das suas asas a acompanhar as linhas curvas do layout do mostrador. Reverenciada em toda a Ásia como um sinal auspicioso, o grou encarna a felicidade e a elevação de espírito. Este pássaro simboliza a longevidade porque se pensava que vivia mil anos e, sendo monogâmico, muitas vezes aparece na decoração de casamentos como representação de uma vida longa e tranquila para o casal. O pinheiro, eternamente verde, também é considerado um símbolo de longevidade e virtude.
Peaceful Nature – Kingfisher: Um mostrador castanho-dourado é adornado com os galhos delicadamente pintados de um marmeleiro do Japão – também um símbolo de longevidade, que se renova e rejuvenesce com o reaparecimento da sua flor a cada primavera. No meio das suas flores vermelhas, há um martim-pescador empoleirado (hisui no Japão; cuiniao na China). Prenúncio do verão, o martim-pescador é símbolo de positividade em quase todas as tradições culturais, representando a beleza e a virtude, a fidelidade e a devoção, a lealdade e um casamento feliz.
Peaceful Nature – Koi: No mostrador preto, a carpa koi em cor de laranja vibrante nada na superfície suavemente ondulada de um lago, emoldurado pelos ramos de um salgueiro – um símbolo da primavera e, portanto, do romance e do charme feminino. As qualidades delicadas do salgueiro são equilibradas pela força da carpa koi – acreditando-se que confere força de propósito, coragem e perseverança perante a adversidade, trazendo as recompensas do sucesso, abundância e boa sorte.
Executadas inteiramente à mão no atelier de Métiers Rares da Jaeger-LeCoultre, cada uma destas composições requintadas do mostrador ganhou vida pelas mãos de um artesão num trabalho de habilidade e precisão ao longo de muitas semanas.
Processo de fabrico manual
A marca explica o processo: “Para começar, o artesão prepara uma superfície de mostrador absolutamente imaculada e, em seguida, inicia o trabalho de construção da cor da laca em degradé, camada por camada, para criar um fundo extremamente reluzente. Só depois de as camadas de laca estarem totalmente endurecidas é que se pode dar início à pintura”.
Numa fase inicial, “guiado apenas pelos olhos e pela mão, o artista aplica minúsculos pontos de laca dourada para imitar o efeito da laca maki-e (uma técnica aperfeiçoada durante o período Edo japonês que envolve borrifar pó de ouro ou fragmentos de folha de ouro sobre a laca húmida para criar um efeito gradiente). Em seguida, de maneira semelhante à pintura a óleo sobre tela, mas em escala microscópica, a detalhada imagem é formada com uma pequena pincelada de cada vez – um processo que leva entre 35 a 40 horas de trabalho acurado e altamente focado”, aponta a marca.
Como toque final, “os elementos de cada imagem são destacados com minúsculos paillons (flocos) dourados meticulosamente aplicados. Realistas nos detalhes e com uma notável sensação de movimento e de profundidade visual, cada uma destas obras de arte em miniatura está imbuída da personalidade e da paixão do artesão, o que faz com que todas apresentem subtis diferenças. Por fim, aplica-se várias camadas de laca translúcida para selar a pintura completa com uma camada brilhante e duradoura”.
Os novos Rendez-Vous Sonatina, de 38,2 mm de diâmetro x 10,59 mm de espessura, são limitados a 10 exemplares de cada versão e estão disponíveis exclusivamente nas boutiques Jaeger-LeCoultre.
Estes relógios têm uma reserva de marcha de 10 horas, uma caixa de ouro rosa 750/1000 (18 quilates) e 160 diamantes (totalizando 1,86 quilates). Cada relógio tem um PVPR de 111.000€.