O Banco Central Europeu (BCE) aprovou a lista que compõe o novo Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para o mandato de 2021-2024, isto depois de concluir o processo de avaliação dos membros eleitos. Paulo Macedo mantém-se como presidente da comissão executiva e assume também o cargo de vice-presidente do banco público.
De acordo com um comunicado do Ministério das Finanças, “concluído com sucesso o processo de avaliação (“fit and proper”) por parte do Banco Central Europeu, na sequência da proposta remetida em 29 de julho de 2021 ao Banco de Portugal, o Governo decidiu eleger o novo Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos para o mandato 2021-2024”.
Entre os novos nomes na composição do Conselho de Administração está o de António Farinha Morais, ex-administrador do BPI, que assume a função de presidente não-executivo, substituindo Rui Vilar. O Ministério das Finanças explica a escolha como forma de “salvaguardar a estabilidade da gestão e a prossecução dos bons resultados nos próximos anos”.
Nos 17 membros da administração consta também o nome de Luís Nazaré, antigo presidente dos CTT e da ANACOM, e que entra na CGD como administrador não executivo.
Nesta nova estrutura de gestão, a CGD deixa de ter um conselho fiscal à parte e passa a contar com uma comissão de auditoria inserido no conselho de administração.
No que toca à igualdade de género, a instituição bancária passa a contar com seis administradoras, sendo que três delas assumem funções executivas.
Citado no comunicado, o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, considera que a nova administração da instituição assegurará “com o maior sucesso” a estabilidade financeira da CGD, sendo que irá contribuir para a solidez do sistema financeiro, para a promoção da poupança e para a competitividade da economia, através do financiamento das empresas e das famílias.
No mesmo comunicado, o ministério realça que, “nos últimos anos, a CGD regressou a níveis de rendibilidade que permitiram iniciar a retribuição aos portugueses do esforço de recapitalização”, avançando com o pagamento, já em 2021, de um dividendo extraordinário de 300 milhões de euros. “Adicionalmente, a CGD aumentou os seus rácios de capital, tendo hoje rácios superiores à média em Portugal e noutros Estados-Membros da União Europeia, e que lhe permite enfrentar a situação pandémica em melhor posição com pares nacionais e europeus”, pode ler-se na nota.