Francisco Mello e Castro não tem dúvidas: “As festas populares estão de muito boa saúde e recomendam-se”. Ainda assim, considera que a “energia e predisposição” dos portugueses mudou. Os ‘Santos no Tejo’ nasceram com isso em mente. Trata-se de uma forma de evitar o “ambiente muitas vezes desordenado e difícil destas festividades, que por norma acontecem de forma muito espontânea e com pouco conforto e segurança”, assinala o Head of Marketing, Commercial & Events da Doca da Marinha.
Os Santos Populares ficam, assim, acessíveis aos que os querem festejar pelas ruas e a quem prefere ir para um recinto fechado ao estilo de um festival.
Como surgiu a ideia dos Santos no Tejo?
A ideia surge há cerca de um ano, com a vontade de se construir em Portugal um evento de Santos Populares que, sem perder a autenticidade, ganhe uma componente de conforto e segurança que não é habitual nesta quadra festiva. O equilíbrio perfeito de um festival e de um arraial, com tudo o que cada um tem de melhor.
Como descreve o evento?
O slogan diz tudo: o maior santódromo da capital! Um espaço amplo, seguro e confortável, no epicentro da cidade e das festas de Lisboa (não fosse Alfama a nascente de tudo isto), com bons acessos e capacidade para acolher milhares de pessoas que queiram bailar ao som da melhor música popular portuguesa.
Qual foi o investimento?
Alinhado com a estratégia de dinamização cultural da Doca da Marinha, a 1.ª edição dos Santos no Tejo faz parte de um investimento global do concessionário que entre o projeto de restauração e esta área dos grandes eventos prevê uma alocação de recursos financeiros que ultrapassa os 3 milhões de euros.
Em que é que esta festa dos santos é diferente de todas as outras?
Este será o maior santódromo da capital portuguesa. Um evento nunca antes visto, que alia o melhor dos arraiais ao melhor dos festivais. Um recinto à beira Tejo, com um cartaz de luxo com mais de 30 atuações ao longo de 10 noites.
Até ao momento, como está a procura dos bilhetes? A previsão é que esgotem?
A procura de bilhetes para uma 1.ª edição superou largamente as nossas expetativas. O primeiro bloco de quatro dias de evento (dias 1, 2, 3 e 4 de junho) está praticamente esgotado, pelo que acreditamos que vamos ter um evento com várias datas esgotadas.
O quão desafiante foi conseguir reunir tantos nomes tão conhecidos da música popular portuguesa no mesmo cartaz?
Não foi fácil o desafio. Mas tivemos uma ajuda preciosa da Rádio Comercial e de um dos seus principais programadores musicais, o Nuno Luz, que conhece bem o mercado e que conseguiu captar o interesse e curiosidade de todos estes fantásticos artistas. E para o ano queremos ir ainda mais longe, já temos vários trunfos preparados.