A empresa automóvel japonesa Nissan anunciou hoje que vai encerrar sete das 17 fábricas até 2027, no âmbito de um drástico plano de reestruturação que incluiu 20 mil despedimentos. As medidas de reestruturação vão levar a Nissan a suprimir 20 mil postos de trabalho até 2027, ou seja, 15% dos efetivos da empresa em todo o mundo.
Em novembro do ano passado, a Nissan já tinha anunciado o despedimento dos primeiros nove mil trabalhadores, a nível mundial. A Nissan está a reduzir 15% da força de trabalho global na sequência de um prejuízo relativo ao ano fiscal que acabou de terminar, sobretudo devido à queda das vendas de veículos na República China e em outros mercados.
Segundo a Nissan, as medidas de redução de trabalhadores e fábricas estão incluídas no plano de recuperação que pretendem levar a cabo, nomeadamente ações “decisivas e arrojadas para melhorar o desempenho e criar um negócio mais simples e resistente que se adapte rapidamente às mudanças do mercado”.
A Nissan anunciou um prejuízo líquido anual de 671 mil milhões de ienes (4,1 mil milhões de euros) no exercício financeiro de 2024-2025, principalmente devido aos custos de reestruturação.
O fabricante de automóveis com sede em Yokohama, Japão, disse ainda que as tarifas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações de automóveis também afetaram os resultados.
A empresa japonesa anunciou um prejuízo líquido anual de 671 mil milhões de ienes (4,1 mil milhões de euros) no exercício financeiro de 2024-2025, principalmente devido aos custos de reestruturação.
O grupo não publicou quaisquer previsões para o próximo exercício financeiro de 2025-2026, marcado por uma grande incerteza em relação às eventuais tarifas norte-americanas. O diretor financeiro da Nissan, Jeremie Papin, disse aos jornalistas que o fabricante de automóveis japonês enfrenta “sérios desafios” para conseguir reverter a situação, mas sublinhou que tem dinheiro suficiente para a execução dos planos.
(Lusa)