Sou defensor de que nunca se conhecem pessoas a mais. Atenção que não temos todos de ser amigos, mas quanto mais pessoas conhecermos e, consequentemente, mais pessoas nos conhecerem, então maior a probabilidade de conseguirmos alcançar os nossos objetivos, sejam eles quais forem.
As redes sociais vieram potenciar estas oportunidades de nos darmos a conhecer e de conhecermos outras pessoas, partilhando assim experiências, conhecimentos ideias e projetos. Ao longo dos últimos 3 anos e meio, desde que me lancei também nas redes sociais mais ativamente, tenho tido oportunidade de conhecer, tanto virtualmente como pessoalmente, figuras absolutamente incríveis, com as mais variadas experiências de vida e com as quais tenho crescido tanto pessoal como profissionalmente.
Infelizmente, penso que este conceito nem sempre é bem aceite já que, muitas vezes, se pode associar a alguma perda de crédito, capacidades ou competências e associarmos que alguém teve ou tem sucesso apenas porque “conhece a pessoa X”. É verdade que isto pode acontecer pontualmente, mas acredito que não seja a norma.
Na maioria dos casos, o que acontece é que alguém que tenha uma boa rede de contactos, normalmente estará melhor posicionada para estar a par das melhores oportunidades, sejam elas quais forem. E isso acontece porquê? A meu ver, porque a origem dessas oportunidades reconhece competências e valores na outra pessoa para que a possa partilhar com ela e assim fazer um “match” muito mais rápido e eficaz.
Então o que pode e, na minha opinião, deve fazer? Colocar-se disponível para este networking e dar-se a conhecer ao maior número possível de pessoas. Como pode fazê-lo? De muitas formas. Utilizando as redes sociais, como referi no início será o mais rápido e simples, mas gostava de destacar um outro método que, para mim, é o mais relevante: os eventos.
Arrisco dizer que, todos os dias, existem eventos por esse país fora sobre os mais variados temas. A melhor forma de conhecer e ser reconhecido na sua área é frequentando esses mesmos eventos, onde se reúnem grandes empresas e pessoas da sua área e onde pode aproveitar para os conhecer, aprender com eles e também partilhar as suas próprias experiências.
Uma dica que aprendi recentemente num desses eventos foi: seja interessado e interessante antes de ser interesseiro. Por vezes, podemos ter a tendência de nos “vendermos” aquela pessoa ou empresa chave para o nosso negócio, mas, habitualmente, o resultado fica longe do esperado. Assim, o meu desafio é inverter a lógica. Em vez de tentar vender aquilo que tem para vender, tente “comprar” algo da outra pessoa, seja uma experiência, um ensinamento, um dia, ou qualquer outra coisa. Crie uma relação com ela, mostre que está genuinamente interessado na pessoa que é, no que ela faz e no valor que tem. Se criar essa relação com sucesso, será muito mais provável conseguir vender-lhe aquilo que tem para vender, mais tarde.