A Netflix apresentou resultados aquém do que os analistas esperavam, o que atribuiu a uma disputa fiscal no Brasil.
Os resultados anunciados quebraram uma série de seis trimestres consecutivos em que apresentou lucros que eclipsaram as previsões.
A empresa de Los Gatos, no Estado da Califórnia, mencionou uma despesa inesperada de 619 milhões de dólares, associada a uma disputa fiscal no Brasil,
Em contrapartida, congratulou-se com o alinhamento das suas séries e filmes televisivos, por manter a audiência e proporcionar uma mistura de receitas de assinaturas e receitas publicitárias, cujo crescimento ajudou a sua faturação a corresponder às previsões dos analistas.
Mas as trocas na bolsa eletrónica, depois do fecho de Wall Street, demonstraram uma desilusão dos investidores, com a cotação a cair cerca de cinco por cento.
No trimestre julho-setembro, a Netflix lucrou 2,5 mil milhões de dólares, mais oito por cento homólogos, para uma faturação de 11,5 mil milhões, mais 17% homólogos.
Os analistas, recenseados pela FactSet Research, esperavam ua faturação igual à que foi apresentada.
Conseguir um crescimento financeiro sólido tornou-se mais importante do que nunca para a Netflix, dado que a sua gestão desviou as atenções dos investidores da evolução trimestral do número de assinantes. Como parte deste processo, a Netflix, no final do ano passado, deixou de divulgar quantos assinantes tem.
A mudança tem compensado, com a cotação a valorizar este ano e até agora 40%, se bem que a mencionada descida possa sinalizar que alguns destes ganhos vão desaparecer.
Se bem que a Netflix tenha deixado de revelar quantos assinantes tem, o crescimento verificado este ano nas receitas indica um crescimento dos 302 milhões que tinha no final de 2024 – de longe, a maior quantidade entre os distribuidores de vídeos, mesmo com rivais, como Amazon e Apple, com ‘bolsos fundos’, a expandir a sua oferta.
A Netflix tem mantido a liderança ao proporcionar mais transmissões de competições desportivas em direto e videojogos, que complementam a sua programação calendarizada. Esta diversificação vai continuar com a oferta de podcasts em vídeo, na Spotify, a partir do próximo ano.
Lusa