A marca suíça MB&F – que significa Maximilian Busser and Friends – foi fundada em 2005 por um fabricante independente de relógios. Com sede em Genebra, a insígnia é reconhecida por criar peças relojoeiras que variam desde relógios de pulso até relógios de mesa, em formas orgânicas ou futuristas. São, no fundo, esculturas cinéticas que também mostram as horas.
As máquinas, como são chamadas, são inspiradas, por exemplo, em animais, como pandas ou dinossauros T-Rex, em robots ou em foguetões e naves espaciais. A marca tem listas de espera para adquirir as suas peças que podem chegar a mais de 100 mil dólares (cerca de 90 mil euros) cada.
Chanel reforça posição na relojoaria suíça
A Chanel acaba de anunciar que vai adquirir 25% desta marca, reforçando a sua presença na alta relojoaria. Não adiantou, contudo, pormenores do negócio, como o valor do investimento. A empresa avançou, em comunicado, que pretende garantir a sobrevivência da marca, ao mesmo tempo que aumenta a sua quota de mercado neste segmento do luxo.

Em 2023, a MB&F produziu 419 relógios de pulso e obteve uma receita de cerca de 48 milhões de euros. Maximilian Bruser, de 57 anos, manterá uma participação de 60% na empresa e Serge Kriknoff, responsável de I&D e produção uma participação de 15%. Ambos os executivos ficarão a liderar a empresa, que dá emprego a 60 pessoas.
A francesa Chanel produz 75 mil relógios por ano com a sua própria insígnia, e vende anualmente cerca de 420 milhões de euros.
A marca suíça, prestes a festejar as duas décadas de existência, possui duas boutiques, denominadas de M.A.D Gallery, uma em Genebra outra no Dubai, e quatro lojas M.A.D Lab, em Paris, Taipé, Singapura e Beverly Hills.
Esta operação acrescenta credibilidade à área relojoeira da Chanel, que já anteriormente tinha realizado investimentos em marcas suíças independentes, como a Romain Gauthier em 2011, e a F.P. Journe em 2018. A marca francesa produz 75 mil relógios por ano com a sua insígnia, e vende anualmente 420 milhões de euros.