Adam Tooze escreveu uma súmula completa da grande crise dos últimos 10 anos – da qual ainda se está a recuperar – que se tornou numa Bíblia entre os economistas. Para o historiador de 52 anos, a economia mundial é um exercício de malabarismo ao qual vão sendo acrescentadas cada vez mais bolas – e pensar numa nova e coerente ordem mundial é pura ilusão.
O britânico é particularmente crítico com a forma como a União Europeia lidou com as crises da dívida que afectaram os países da Zona Euro, entre os quais Portugal. E interroga-se sobre o futuro, antecipando que esperar uma “ordem mundial” nova é uma ilusão. Para o historiador e autor do best seller “Crashed – How a Decade of Financial Crises Changed the World”, o mundo é eternamente confuso, apesar dos esforços humanos em dar-lhe sentido. “A economia mundial é um caleidoscópio em constante mudança”, diz à FORBES, aquando de uma visita recente a Lisboa. “Esta visão estrutural de ‘ordem’ é um pouco ideológica. É uma fantasia.”, afirma.
Adam Tooze escreveu uma súmula completa da grande crise dos últimos 10 anos que se tornou numa Bíblia entre os economistas.
Numa conversa desenvolta, o professor na Universidade de Columbia e também vencedor, em 2002, do Prémio Leverhulme Philip de História Moderna (que é concedido a académicos que fizeram uma contribuição reconhecida internacionalmente no seu campo de estudo) fala do papel na Alemanha na desaceleração económica da Europa, dos efeitos do Brexit, do papel da China no contexto económico mundial e da necessidade de um sistema capitalista que promova um crescimento sustentável. Uma entrevista a ler na edição de Novembro, nas bancas.