Portugal é um país de empreendedores e o dinamismo sentido no empreendedorismo do primeiro trimestre de 2022 não deixa margens para dúvidas. Segundo o relatório da Informa, Dinâmica do Tecido Empresarial, a vitalidade do empreendedorismo, que é também uma das expressões da vitalidade da própria economia, oferece sinais positivos, sobretudo se levarmos em conta o momento sensível à escala global. “Há seis trimestres consecutivos que a criação de empresas em Portugal regista crescimentos face aos períodos homólogos, com o primeiro trimestre de 2023 a traduzir um aumento de 8% face ao mesmo período do ano passado”, pode ler-se no barómetro da empresa especialista em informação empresarial.
Assim, no primeiro trimestre deste ano foram criadas 15.066 novas entidades em Portugal, um crescimento considerável face ao período homólogo do ano passado. Estes números confirmam uma tendência de crescimento que se verifica desde 2021, sendo que diferentes setores registam também diferentes evoluções: sete setores ultrapassaram os números de 2022, enquanto cinco recuaram neste indicador.
Crescem mais os setores ligados ao turismo
A Informa revela que, na análise setorial do empreendedorismo no primeiro trimestre de 2023, o dinamismo assenta em cerca de metade dos setores, com destaque para os mais próximos do turismo, como o alojamento e restauração que recupera de uma fase negra provocada pela pandemia, e o dos transportes. No setor dos transportes registaram-se 996 novas constituições, o que representou um crescimento de 118%, e no alojamento e restauração foram 204 as novas empresas criadas, um incremento de 16%. Nos serviços gerais, nasceram 174 novas empresas, na construção foram 37 as constituições, nos serviços empresariais 36, na energia e ambiente surgiram 24 novas iniciativas e cinco nas áreas de tecnologias de informação e comunicação.
Regista-se também uma ligeira tendência de crescimento no que diz respeito aos encerramentos e insolvências.
Já no que diz respeito aos encerramentos e insolvências regista-se também uma ligeira tendência de crescimento. Nos encerramentos, apesar de no primeiro trimestre se verificar uma queda homóloga de 14%, numa análise a 12 meses já se revelam crescimentos em alguns setores. As insolvências cresceram 19% face ao primeiro trimestre de 2022, um crescimento que é transversal a quase todos os setores.