Que mensagem retira dos vários testemunhos ao longo deste dia, na Forbes Women’s Summit Portugal?
Acho que são mensagens muito boas, algumas com as quais nos identificamos no dia a dia. De facto, acho que já estamos a liderar. Há muitos bons exemplos que nos passam muita confiança. E muitas ideias que foram reforçadas. A ideia de que chegamos onde quisermos está aqui presente. A ideia de que podemos também fazer percursos inversos. Ou seja, investir na carreira e, mais tarde, dar mais atenção à família. A ideia de que não é preciso ficarmos apenas numa empresa para termos sucesso e fazermos uma carreira exemplar. Eu saí daqui inspiradíssima. E muito contente com algumas coisas com as quais eu já pensava; saí daqui reforçada com exemplos práticos.
Que importância tem este evento?
Nem que seja por aquele abalo espiritual bom. Que é de nos encontrarmos. Vivemos todos no nosso mundo, no nosso universo do trabalho e universo familiar. Podemos saber já muitas das coisas que vamos encontrar nestes eventos, mas esquecemo-nos. E aí temos um reforço. Eu acho que é muito bom porque é inspiracional, e não é vago e cliché.
Quais são os principais entraves à liderança das mulheres?
Não sinto que os entraves hoje sejam do patriarcado. Em alguns países isso tem muito a ver com o nível de desenvolvimento e com as prioridades. Há prioridades que se sobrepõem a certas questões, como as de género. Mas ainda nesses meios nós temos muitos exemplos de que na aflição quem lidera melhor esses projetos de apoio às crises são as mulheres, seja na ajuda humanitária com a medicação, seja na UNICEF com as crianças, seja na distribuição alimentar. São as mulheres as líderes comunitárias.