Durante 19 dias, o Vale do Ave será palco para músicos internacionais e para novas propostas artísticas que procuram desafiar a forma como o público vive a música clássica. Entre 2 e 20 de setembro, o Festival Cidnay Vale do Ave regressa a Famalicão e Santo Tirso com uma programação que inclui 27 eventos distribuídos por 17 espaços, refletindo um crescimento significativo face à edição anterior. A organização prevê cerca de 3.000 participantes, num sinal de maior alcance e impacto na região.
Sob o tema “Expressões de Tempo e Espaço”, a programação reúne artistas que já marcaram presença em anos anteriores — como o violoncelista László Fenyõ, o violetista Máté Szűcs e a pianista Lily Maisky — e novidades de relevo, como a violinista holandesa Noa Wildschut, o violoncelista sueco Torleif Thedéen e os portugueses Agostinho Sequeira (percussão) e João Barradas (acordeão), ambos estreantes no evento.
Dois momentos ao ar livre destacam-se. A 13 de setembro, “Acordar”, com Agostinho Sequeira, convida o público a assistir a um concerto ao nascer do sol. Já a 15 de setembro, “Inuksuit” — obra concebida para grandes espaços e escrita para ensemble de percussão — será interpretada pelo novo Coletivo Contemporâneo do Vale do Ave. Esta será apenas a segunda vez que a peça é apresentada em Portugal, permitindo ao público circular entre os músicos e experienciar a música de forma imersiva.
A programação inclui ainda iniciativas como as Visitas Dançadas, que exploram a relação entre corpo, espaço e som, e um conjunto de masterclasses internacionais que todos os anos atraem jovens músicos de mais de 25 países, fomentando a troca entre gerações e culturas.
Criado em 2021, o Festival Cidnay Vale do Ave tem vindo a reforçar o seu papel no panorama cultural português, promovendo o encontro entre artistas consagrados, novos talentos e comunidades locais. A direção artística está a cargo de João Álvares Abreu, violetista e membro da Orquestra Filarmónica da Rádio dos Países Baixos, e a produção é da FAMART Plataforma Artística, com apoio do BPI/Fundação “la Caixa” e dos municípios de Famalicão e Santo Tirso.