Mundial de futebol: os recordes que já foram batidos no Qatar. Alguns por Portugal

Pela segunda vez consecutiva, a Alemanha (4 vezes campeã do Mundo, a última das quais em 2014) ficou fora de um Campeonato do Mundo de Futebol ainda na fase de grupos, após uma partida, no Mundial Qatar 2022, em que até venceu a Costa Rica (2-4) e terminou com os mesmos pontos da Espanha, mas…
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Com o fim da fase de grupos do Mundial de futebol, vários recordes foram batidos no Qatar. O melhor: a estreia de uma equipa de arbitragem feminina. O pior: os 500 migrantes que morreram nas obras.
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Pela segunda vez consecutiva, a Alemanha (4 vezes campeã do Mundo, a última das quais em 2014) ficou fora de um Campeonato do Mundo de Futebol ainda na fase de grupos, após uma partida, no Mundial Qatar 2022, em que até venceu a Costa Rica (2-4) e terminou com os mesmos pontos da Espanha, mas no critério de desempate da diferença de golos a vantagem foi para “nuestros hermanos”.

Mas se os germânicos ficaram com um dissabor, a partida Alemanha-Costa Rica entrou para a história por ter sido a primeira arbitrada por uma equipa feminina.

A árbitra de futebol francesa Stéphanie Frappart fez história ao liderar o primeiro trio de arbitragem feminino numa partida masculina do Mundial de Futebol.

Frappart teve a companhia das assistentes Neuza Back, do Brasil, e Karen Diaz, do México, para arbitrar a partida entre Costa Rica e Alemanha.

Equipa de arbitragem comandada por Stephanie Frappart, ao lados dos guarda-redes Keylor Navas, da Costa Rica, e Manuel Neuer, da Alemanha, no jogo do Grupo E, no estádio Al Bayt, em Al Khor, Qatar. ULRIK PEDERSEN/DEFODI IMAGES VIA GETTY IMAGES

Este recorde é, no entanto, o mais recente de outros que este Mundial tem colecionado, alguns não necessariamente pelas melhores razões.

Durante uma partida contra o Qatar na semana passada, o inglês Jude Bellingham, de 19 anos, tornou-se o primeiro jogador nascido no século 21 a marcar um golo numa partida de um Mundial de futebol.

O torneio do Qatar também apresenta o primeiro conjunto de irmãos a competir por seleções diferentes, com Iñaki Williams (28 anos) a representar o Gana, e o seu irmão mais novo, Nico Williams (20 anos), a fazer a sua estreia no Mundial pela Espanha (os irmãos Williams nasceram na Espanha, filhos de pai ganense e mãe liberiana, e Iñaki já jogou pela Espanha).

O técnico canadiano John Herdman é o primeiro técnico na história de um Mundial a comandar seleções masculina e feminina nos torneios, tendo anteriormente treinado a seleção feminina da Nova Zelândia nos Mundiais femininos de 2007 e 2011.

Quando o Qatar perdeu para o Equador, foi a primeira vez na história de um Mundial que uma equipa do país anfitrião perdeu no jogo inaugural da competição.

Jogadores de Portugal que alinharam de início para o jogo do Grupo H do Mundial do Qatar 2022 com a Coreia do Sul, no Estádio Education City, em 02 de dezembro, em Al Rayyan, Qatar. Derrota 2-1. Pepe (1º a contar da esquerda, em pé) e António Silva (2º a contar da direita, ao lado de Ronaldo) são o mais velho e mais novo a jogarem por Portugal num Mundial. ALEX LIVESEY – DANEHOUSE/GETTY IMAGES

Do lado de Portugal, o defesa central do Benfica, António Silva, 19 anos, ao alinhar no Coreia do Sul-Portugal (2-1 para os sul-coreanos), a última partida da fase de grupos da equipa portuguesa no Grupo H, passou a ser o mais novo de sempre a jogar por Portugal em Mundiais, superando o registo de Paulo Futre no Mundial do México 1986.

O central do FC Porto, Pepe, 39 anos, tornou-se também o mais velho de sempre a jogar em Mundiais com a camisola de Portugal.

Com o golo apontado de pénalti ao Gana, no primeiro jogo de Portugal no Qatar 2022, Cristiano Ronaldo tornou-se, aos 37 anos, o primeiro futebolista a marcar em cinco Mundiais (2006, 2010, 2014, 2018 e 2022). CR7 bateu Lionel Messi (que disputou também cinco mundiais, mas em 2010 não fez nenhum golo), Pelé, Uwe Seeler e Miroslav Klose, que marcaram em quatro Mundiais.

O mais caro, o mais polémico e o mais fatal

O Mundial do Qatar é o primeiro realizado no Oriente Médio e o mais caro da história dos Mundiais, com o Qatar a gastar cerca de US$ 220 biliões na última década para se preparar, incluindo a construção de sete novos estádios para a realização das partidas.

Por causa do clima quente do Qatar, o torneio também é o primeiro a ser realizado no inverno, em vez do horário normal de verão, o que interrompeu as épocas de clubes em vários países.

A decisão da FIFA de realizar o Mundial no Qatar gerou polémica devido ao histórico de desrespeito aos direitos humanos do país e depois de trabalhadores migrantes, etre 400 e 500, terem morrido enquanto trabalhavam em projetos de construção relacionados com o Mundial.

Dirigentes do Qatar e da FIFA também foram acusados de suborno e corrupção na votação que ditou a escolha desta nação para receber este torneio.

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