Isabel Mota está ao leme de uma instituição que marca a história recente de Portugal. Lidera uma organização com 62 anos, com activos perto dos 3 mil milhões de euros, e que todos os anos desempenha um papel de enorme relevância na sociedade portuguesa – só no ano passado contribuiu com 67 milhões de euros em actividades científicas, culturais e sociais. Isabel, conhecida também como “senhora milhões”, lidera a Fundação Gulbenkian desde 2017 e desde então que se tornou numa das mulheres mais poderosas de Portugal. Não é um pequeno feito num país onde ainda há imenso a fazer em prol da igualdade de género. A Fundação nunca teve uma mulher a comandar o barco.
As estatísticas disponíveis são contundentes. Entre os trabalhadores por conta própria existentes na União Europeia, apenas 34,4% são mulheres, segundo dados do Eurostat. E entre os fundadores de start-ups, a quota feminina é ainda menor: só 30%. Números baixos numa comunidade de 28 países com 52% de população feminina, acrescenta a agência estatística europeia.
Neste sentido, a lista das 20 portuguesas mais poderosas no mundo dos negócios é como uma pedra no charco que deve ser vista como um ponto de partida para promover uma maior igualdade de género na sociedade portuguesa e servir de inspiração. Um ranking a descobrir na edição de Novembro.