O grupo Mota-Engil acabou de reforçar a expansão em África com a assinatura de contratos avaliados em cerca de 650 milhões de euros. De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a que a FORBES teve acesso, a empresa liderada por Carlos Mota Santos anunciou que a participada para a região de África assinou um contrato para a movimentação de terras na Guiné-Conacri com a Rio Tinto Iron Ore Atlantic Ltd. no valor de cerca de 300 milhões de dólares (cerca de 280 milhões de euros).
O contrato diz respeito ao projeto Simandou, localizado na região sul da Guiné, a cerca de 650 quilómetros de Conacri, sendo que “os trabalhos a realizar pela Mota-Engil ao abrigo do mesmo incluem a movimentação de terras inicial para estabelecimento de acessos e para as futuras instalações industriais de uma mina, bem como bacias de sedimentação, vazadouros e a implementação de medidas de controlo de erosão”. O arranque do projeto está previsto para o próximo mês de setembro e terá uma duração de cerca de 30 meses.
No mesmo comunicado, a construtora portuguesa refere que, na Nigéria, um consórcio – onde detém 49% a par da AFC – Africa Finance Corporation, com 51% -, assinou com o Federal Ministry of Works and Housing dois contratos de concessão de duas autoestradas: “Lagos – Badagry – Seme” e “Shagamu – Benin”.
Estes contratos de concessão preveem a conversão de duas atuais estradas em autoestradas, bem como o desenho, financiamento, construção, reabilitação, operação e manutenção das mesmas. O investimento inicial rondará os 260 milhões de dólares (cerca de 240 milhões de euros).
Ainda no continente africano, foram adjudicados recentemente outros contratos de menor dimensão em Angola, Moçambique, Ruanda e Costa do Marfim num total de cerca de 130 milhões de euros.