Morgan Jay: “Fico feliz pelas pessoas se poderem expressar de forma livre nos meus shows”

O comediante e músico norte-americano Morgan Jay, 38 anos, passou por Portugal para dar três espetáculos em Lisboa. Inicialmente, as datas previstas eram 28 e 29 de abril (no Teatro Maria Matos), mas como o “show” do dia 28 de abril não se realizou devido ao “apagão”, esse espetáculo passou para 15 de junho. Com…
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Com mais de doze milhões de seguidores nas redes sociais, o comediante Morgan Jay, conhecido como "Goofy Guy", atuou em Lisboa e deu-nos uma entrevista. Filho de mãe brasileira e pai italiano, o artista americano conversou connosco em português e aceitou o desafio da Forbes: improvisar uma canção inspirada no nosso país!
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O comediante e músico norte-americano Morgan Jay, 38 anos, passou por Portugal para dar três espetáculos em Lisboa. Inicialmente, as datas previstas eram 28 e 29 de abril (no Teatro Maria Matos), mas como o “show” do dia 28 de abril não se realizou devido ao “apagão”, esse espetáculo passou para 15 de junho. Com estas remarcações, quem ganhou foram os portugueses, já que tiveram uma data extra, 17 de junho, para descontraírem e se rirem com Morgan Jay, na histórica sala do Coliseu dos Recreios.

Morgan Jay, numa sessão fotográfica para a Forbes feita no Hotel Mama Shelter, em Lisboa. Foto: Cristina Bernardo

Entre o espetáculo de 15 de junho (no Maria Matos) e o de dia 17 de junho, a Forbes entrevistou este artista de cerca de 12 milhões de seguidores nas redes sociais (7 milhões no TikTok, 3.5 milhões no Instagram e 1,8 milhões no Youtube). O registo foi informal, entre uma fatia de pizza e uma Coca-Cola, à mesa do restaurante do Hotel Mama Shelter, em Lisboa, cujas instalações coloridas, recantos e rooftop serviram de cenário perfeito para a sessão fotográfica de um comediante que brinca com os coloridos e “suspeitos” relacionamentos entre as pessoas.

O que diferencia Morgan Jay é, de resto, o género de comédia que criou: mistura stand-up assente em piadas sexuais, música (com o seu violão a cantar “Lol or Hahaha or LMFAO or Jajaja”), arte performativa que usa distorções vocais (através de auto-tune) e se conecta com o espetador, colocando-o a partilhar as suas experiências e a intervir no “show” que se torna, por vezes, uma sorridente sessão de terapia (individual ou de casal) ao vivo. E quem quiser pode filmar à vontade o espetáculo!

O brincalhão Morgan Jay, pendurado numa estrutura para trotinetes elétricas, existente em frente ao Mama Shelter, em Lisboa, onde a entrevista foi realizada. Fotos: Cristina Bernardo

Filho de mãe brasileira e pai italiano (que perdeu quando tinha 6 anos de idade), Morgan Jay fala português de forma praticamente perfeita (ainda que a sua mãe discorde desta nossa opinião e ache que o português do filho não é suficiente!!). Terminada a entrevista à Forbes, que foi uma mistura de inglês e português com sotaque do Brasil (mais até em português do que inglês), Morgan Jay referiu que ouve podcasts em português e está agora a ler Harry Potter em português, pois como conhece a história “fica mais fácil entender”.

Foto: Cristina Bernardo

A entrevista foi feita num dia de imenso calor. Morgan Jay, que é conhecido também como “The Goofy Guy”, estava vestido como se fosse atuar dali a uns minutos, de t-shirt branca e calças de ganga azul Levi’s, o estilo de roupa que usa nos seus espetáculos. E, na realidade, quase se pode dizer que atuou para nós, já que a bem-disposta conversa que tivemos foi temperada com momentos de improviso aos quais foi impossível resistir sem largarmos umas gargalhadas!

 

Forbes: Olá, Morgan!
Morgan Jay: Olá! Vou misturar português e inglês, pode ser?

Claro! Como foi o espetáculo ontem [domingo, no Teatro Maria Matos]?
O show ontem foi ótimo. Tivemos uma ovação de pé. Acho que foi melhor do que o outro. No primeiro show tivemos alguns problemas com o som e com a iluminação e isso já não aconteceu agora. Ontem foi o nosso segundo espetáculo de três em Portugal neste tour.

Os teus espetáculos para Portugal esgotaram em menos de um dia…
Acho que todos ficamos surpreendidos!

Foto: Cristina Bernardo

Que imagem tinhas de Portugal antes de tudo isto?
Eu não tinha ideia. Vi fotos da cidade do Porto, mas não de Lisboa. Acho esta cidade de Lisboa uma das mais lindas da Europa. O povo aqui é muito humilde, amigável e caloroso. Em Portugal, a comida tem sabor, tem sal! Noutras partes do mundo não existe isso: fizeram guerras para temperar, mas não colocam isso na comida!

surpresas preparadas para os shows portugueses?
Há uma pessoa que conheci no Tiktok. Chama-se Daniel Silva e toca violão. É alguém muito talentoso, de Bossa Nova, de funky e vamos tentar misturar a minha música com a dele, num tipo de Bossa Nova. Acho que os portugueses vão gostar.

Falas português muito bem. Que diferenças engraçadas que te fazem rir entre o português e o brasileiro?
O sotaque português é muito fechado. O sotaque brasileiro, que eu prefiro, é mais cantado, mais fácil para eu entender. O português daqui parece uma língua completamente diferente, para mim. Mas acho que os portugueses são também um pouco mais tímidos.

Foto: Cristina Bernardo

Por exemplo, ontem, havia uma pessoa do Brasil na audiência e era ela que tinha a voz que se ouvia mais, quem projetava mais alto a voz, era quem gritava mais no teatro! Estava cheia de entusiasmo. Mas gosto de Portugal e até estou pensando comprar um lugar [uma propriedade. n.d.r.] aqui!

Quando é que percebeste que querias ser comediante?
Provavelmente no ensino secundário. Eu assistia bastante stand-up no Comedy Central e ao ver televisão, pensei que gostaria de fazer isso. Achei muito impressionante somente uma pessoa no palco a falar e a fazer as pessoas a rir. Na primeira semana da universidade havia uma iniciativa de “open mic”, de microfone aberto, e eu inscrevi-me e fiz cinco minutos de stand-up. Gostei. Tinha 18 anos, mas realmente eu só comecei, de forma consistente, depois dos 20 anos. Depois da universidade, eu fui fazendo mais e mais performances.

Foto: Cristina Bernardo

Começaste como ator, estudaste arte. E depois decidiste seguir stand-up comedy. Quando é que decidiste que o teu estilo era uma mistura de auto-tune, tocar guitarra e deixar o público falar? Essa é a tua fórmula…
Quero tentar explicar isso em português: para mim, a coisa mais importante não é ser o melhor comediante do mundo. Para mim, a coisa mais importante é evoluir o mais que eu posso. Por exemplo, se você chega no topo da sua carreira, você só tem uma direção: descer. Mas se pensar de outra forma, se tiver uma filosofia de querer sempre ir mudando, pode apresentar coisas diferentes e evoluir [entretanto, levanta a mão e pede uma Coca-Cola e começa a cantar um anúncio, perguntando se já ouvimos o jingle, retomando de seguida a nossa conversa!]. Portanto, para mim, sempre foi mais importante evoluir para me realizar.

“Para mim, a coisa mais importante não é ser o melhor comediante do mundo. Para mim, a coisa mais importante é evoluir o mais que eu posso”.

Nos primeiros seis anos, eu estive a fazer somente stand-up. E eu não me estava a divertir. Então, eu tive de olhar ao espelho para ver se eu queria continuar a fazer isso. Durante esse tempo, eu mantive-me a tocar violão e a cantar. Então, eu experimentei num verão fazer um show com músicas. Escrevi duas canções e testei o modelo em cada espetáculo, porque em Los Angeles há espaços em que se pode testar atuações. E eu gostei e as audiências foram boas. Adoraram mesmo. Então, disse para mim, que eu tenho uma coisa aqui para continuar.

Foto: Cristina Bernardo

Depois veio a pandemia e aí veio o auto-tune.
Por causa da pandemia, eu incluí o auto-tune no Zoom e fiz shows para empresas no Zoom. Depois da pandemia, como as pessoas gostaram, decidi tentar introduzir isso num espetáculo ao vivo. E arrasou! Foi muito bom e as pessoas gostaram. Foi sensacional! Eu não inventei o auto-tune. Mas utilizei uma forma diferente. Os vídeos no TikTok foram virais. E eu percebi que não podia negar isso nos meus espetáculos. Concluí que as audiências iam gostar e que eu ia incluir isso, tal como outras coisas que eu já fiz na minha carreira, misturando tudo. E essa evolução foi muito natural. E eu fiquei a surfar a onda. Para mim, agora, fica mais divertido para fazer isso.

Estavas a dizer que gostas de adaptar…
Exato, de introduzir sempre novos desafios, pois, assim, o desafio vai-se modificando.

… e nesse contexto, já estás a pensar em novidades e mudanças para os teus próximos espetáculos?
Já estou preparando, sim. Já testei nos EUA atuar com uma banda completa, pelo que vou ter uma banda completa.

Foto: Cristina Bernardo

Vai ser a próxima novidade?
Exato. Porque as minhas audiências estão a crescer e o show tem que evoluir para acompanhar e ir ao encontro da audiência. Temos de ajustar e adaptar o show para o tamanho da audiência e sala de espetáculos. Porque se eu fizer o mesmo espetáculo que fiz ontem [no Teatro Maria Matos, cuja capacidade ronda as 500 pessoas, n.d.r.] para 10 mil ou para 20 mil pessoas não vai dar certo.

Uma pergunta relativamente à Inteligência Artificial: estás a pensar em utilizá-la também em algum espetáculo?
Eu já estou utilizando. Por exemplo, eu estou a traduzir algumas piadas e canções no Chat GPT. Recorro depois a pessoas do Brasil para olharem para a tradução e me ajudarem a ajustar, a adaptar, a alterar para ficar do jeito que os brasileiros, por exemplo, entendam. Eu canto com muitos palavrões e a minha música às vezes é sobre sexo e relacionamento de pessoas. E o Chat GPT ‘censura’ isso. Então tenho que pedir ajuda a outras pessoas para ajustar tudo.

Foto: Cristina Bernardo

Nalgumas interações afirmaste que tinhas poucos talentos, mas, na realidade, cantas, tocas guitarra, fazes piadas. Por que dizes isso?
Às vezes eu tenho insegurança que eu não faça uma coisa perfeitamente espetacular. Mas, numa carreira, cada pessoa usa tudo o que sabe e aprende. E o meu show é um reflexo disso [do que sei fazer e da mistura que faço entre comédia e música, n.d.r.]. As audiências não prestam muita atenção durante muito tempo [se o espetáculo for sempre igual, n.d.r.]. E por isso eu vou mudando: uso auto-tune, viola, faço piadas, uso piano. Então as audiências podem mudar e vão mudando. Acho que é bom ter alguns talentos. Não é problema se você não é um profissional.

“Às vezes, tenho insegurança que eu não faça uma coisa perfeitamente espetacular. Mas, numa carreira, cada pessoa usa tudo o que sabe e aprende”.

Qual foi a reação mais inesperada que tiveste num show com o auto-tune?
Eu agora estou a fazer uma parte do meu espetáculo em que escolho um casal na audiência, trago-o para o palco, coloco uma música de R&B, sensual, e eu digo para o homem ler uma mensagem para a mulher e, às vezes, ele não precisa da minha ajuda e já sabe o que fazer e as audiências ficam loucas. Só isso. Eu fico muito feliz e cheio de alegria quando eu encontro uma pessoa que eu posso tirar da sua concha. Elas são muito tímidas, mas podem ficar comigo no espetáculo de forma mais aberta, mais livre para se expressar mais, pois não há muitos espaços que as pessoas encontrem onde podem agir como uma criança, sem problemas, sem julgamento de outras pessoas.

“Eu fico muito feliz quando encontro uma pessoa que posso tirar da sua concha”.

Foto: Cristina Bernardo

E qual foi o momento mais embaraçoso que tiveste na tua carreira?
Aconteceu há dois anos [em 2023] quando fiz um show no Ano Novo, em Chicago. Nos EUA, existe comédia para brancos, para negros e comédia para os dois juntos. Na minha experiência, eu tenho muito apoio da comunidade negra, pois eu canto R&B. Eu fiz um espetáculo para mil pessoas num lugar em Chicago. No alinhamento dos artistas eu era o menos conhecido e fui logo o primeiro a atuar. Na primeira noite, não houve problema. Na segunda noite, eu mudei algumas coisas na sequência do meu espetáculo e, ao fim de oito minutos, começaram a vaiar. Não gostaram. As audiências quando te adoram, mostram o maior amor que sentes na tua vida. Mas se não gostam, vão mostrar isso também. É normal.

@morganjay Replying to @voguenikki ♬ original sound – Morgan Jay

Nesse espetáculo, só alterei a ordem de algumas canções, nada mais. Depois saí do palco, fui para o meu dressing room, fechei a porta, não chorei, mas sentei-me a pensar, pois foi um momento difícil. Mas o que foi interessante foi que esse ano, o de 2023, foi um dos melhores anos da minha carreira. Então, esse dia foi o ponto final do ano para me fazer mais humilde, porque há muito tempo que não tinha um dissabor. Assim, foi uma espécie de bênção porque agora estou a fazer teatros. O que eu aprendi foi que não podemos estar sempre confortáveis.

“[Os assobios que recebi num espetáculo em Chicago] fizeram-me mais humilde”

Nos teus espetáculos, quando procuras alguém com quem falar, o que te leva a escolheres uma pessoa em vez de outra, um casal em detrimento de outro?
Quando eu vejo uma pessoa mais tímida, eu gosto de a escolher. Elas precisam mais disso do que outras pessoas. Com as pessoas que levantam os braços e pedem para serem escolhidas, normalmente essa interação vai ser terrível, porque, em inglês dizemos ‘he’s doing too much’: a pessoa vai dar tudo e é demasiado. Às vezes, também, não tenho muito tempo e tenho de escolher alguém rápido. No último de quatro espetáculos que dei em Amesterdão, Países Baixos, fiquei a escolher pessoas e elas não me deram nada! É a cultura do povo lá. Eu diria que, normalmente, a pessoa mais tímida é melhor.

“Quando eu vejo uma pessoa mais tímida, eu gosto de a escolher. Elas precisam mais disso do que outras pessoas”.

A expressão “Suspicious as F***” que usas de forma divertida no espetáculo, surgiu como?
Estava nos EUA a fazer “Crowd work” [“Crowd work” é quando um comediante improvisa ou inventa piadas não ensaiadas com a plateia, n.d.r.] com uma viola e eu fui dizendo “Suspicious as f***” e foi tão popular que as pessoas ia sempre rindo [ele usa a palavra ‘risando’ e dizemos que é antes rindo, ao que Morgan Jay se aproxima do micro do smartphone que usámos para a gravação da conversa, para agradecer a correção, referindo ‘todo o mundo aqui a me ajudar e a me corrigir; preciso isso, cara; eu quero melhorar o meu português; eu quero conectar com vocês; eu adoro vocês’]. Então, as pessoas acharam graça à expressão “Suspicious as f***” que eu decidi escrever uma canção com este refrão e foi exatamente com a canção “LOL ahahah”. E embora eu não tenha utilizado nesta tour, há outra expressão que uso com o termo Goofy [“pateta”, em inglês], porque as pessoas conhecem-me como o ‘Goofy Guy’. Relativamente a essa expressão, que tenho noutra canção e que usarei numa próxima tour, eu percorro a audiência a perguntar se alguém é goofy. Então, peço a alguém que faça uma coisa goofy. Se faz, eu pergunto depois às pessoas se acham que essa pessoa é goofy e elas respondem. [nos meus espetáculos) eu converso com a audiência. Se vejo que algo é apreciado, eu vou reforçar isso.

“Converso com a audiência. Se vejo que algo é apreciado, vou reforçar isso”.

Foto: Cristina Bernardo

Há alguma linha vermelha entre o “Morgan Jay artista” e o “Morgan Jay pessoal” que tenha sido ultrapassada alguma vez? Algo que tenhas revelado sem querer no espetáculo? Como é que geres essa separação entre o espetáculo e a tua vida mais pessoal?
Ainda não falo muito da minha vida pessoal. Comecei a falar um pouquinho sobre a minha mãe, mas acho que vou deixar isso para uma próxima evolução do espetáculo. A linha entre o meu jeito de estar no palco e eu [no dia-a-dia] não é muito diferente.

“O Morgan Jay que está no palco e o Morgan Jay fora do show é quase igual. A única diferença é que eu canto mais no espetáculo”

A única diferença é que eu canto mais no espetáculo, apenas isso. O Morgan Jay que está no palco e o Morgan Jay fora do show é quase igual e eu acho isso o melhor, porque se tem sucesso e todo o mundo gosta, mas você não gosta, tem que fazer isso para o resto da sua vida; isso vai ser difícil e miserável. Mas se puder fazer uma coisa que você gosta e que as pessoas também gostam, vai ficar muito mais fácil para fazer o seu show todos os dias.

Embora isso pudesse mudar por completo o teu estilo, a comédia política não está no seu pensamento, no futuro?
Para mim ainda não, porque a verdade é que eu não acho que seja alguém tão inteligente assim. Eu sou uma pessoa de mais empatia; eu conheço mais os sentimentos das pessoas e os temas políticos são tão complicadas, com tantas nuances, mas ninguém quer saber dessas nuances. Neste momento, ou se é de um lado ou se é de outro lado, e não há espaço para alguém ter uma opinião mais aberta. Mas quem sabe, no futuro, estou a ficar mais velho e está a ficar difícil ficar sossegado relativamente a certos temas. A minha mãe, por exemplo, que é emigrante e eu fico nauseado e dececionado, entre muitas outras palavras negativas que poderia usar, porque aquilo que eu vejo nas notícias revejo a minha mãe.

“A minha mãe é emigrante e eu fico nauseado e dececionado [com o que se está a passar nos EUA, com as deportações e a política anti-emigração] porque revejo a minha mãe”.

Se isto que estamos a viver tivesse sido há 21 anos, talvez eu não tivesse tido as mesmas oportunidades. Na realidade, está a ficar difícil ficar sem falar destes assuntos. Eu moro em Los Angeles e é terrível ver o que está a acontecer. Mas eu também gosto do meu espetáculo no meu lugar seguro para tudo. Se for a um espetáculo meu, verá todas as pessoas de todos os géneros, aproveitando e rindo. E isso tem o seu valor.

Foto: Cristina Bernardo

Se tivesses de escrever uma canção sobre Portugal ou um título de uma canção sobre Portugal, há alguma coisa que te inspirasse?
[Começa a cantar, de improviso. Aqui está o áudio deste pequeno improviso feito por Morgan Jay]: “Estou cansado de: de caminhar, subir e descer, subir e descer; escada aqui, escada para lá; olha eu: tem, tem de parar, para relaxar, para beber um pouquinho, cervejinho”… uma coisa assim! [risos e aplausos nossos] Você gostou da minha canção?

Forbes: Muito bom, muito bom!

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