O bilionário Michael Bloomberg doou recentemente 50 milhões de dólares (46,3M€) para financiar a campanha da vice-presidente Kamala Harris – uma continuação da sua tendência para doar grandes somas no final do ciclo eleitoral, após alguma hesitação em dar o seu apoio total a Harris, apesar do seu desdém por Donald Trump.
O antigo presidente da Câmara de Nova Iorque doou 50 milhões de dólares à Future Forward USA Action, que, como organização sem fins lucrativos, não é obrigado a comunicar os seus doadores, informou o The New York Times citando quatro fontes anónimas com conhecimento da doação.
Antes da doação sem fins lucrativos, Bloomberg tinha dado 47 milhões de dólares (43,6M€) em contribuições políticas divulgadas pelo governo federal neste ciclo eleitoral, segundo o Times, incluindo 19 milhões de dólares (17,6M€) para o principal comité de apoio ao presidente Joe Biden, que Harris assumiu, e 10 milhões de dólares (9,3M€) para os democratas da Câmara.
A soma empalidece em comparação com os US $ 1.1 mil milhões (cerca de mil milhões de euros) que ele gastou na sua própria campanha presidencial democrata em 2020 e os US $ 173 milhões (160M€) a mais que gastou nas eleições de 2020, incluindo US $ 100 milhões (92,7M€) para ajudar Biden a ganhar a Flórida.
Bloomberg, que tem uma reputação de injeções de dinheiro no final do ciclo, supostamente fez a doação após uma pressão de colegas democratas, incluindo um telefonema recente com Harris e pressão do doador de Harris e do bilionário Bill Gates, que alegadamente fez uma doação de US $ 50 milhões (46,4M€) para a mesma organização recentemente.
Bloomberg, que foi eleito pela primeira vez Presidente do município de Nova Iorque como republicano antes de se tornar independente e se registar novamente como democrata em 2018, expressou apoio à decisão de Biden de se afastar da corrida em julho, mas não endossou Harris e encorajou o partido a levar o seu tempo para encontrar um substituto para Biden.
Bloomberg expressou reservas em privado, na altura, sobre as capacidades de Harris, mas desde então tem vindo a simpatizar com ela, elogiando-a num jantar privado nos Hamptons, no final do verão, informou o Times, citando fontes não identificadas familiarizadas com as conversas. Bloomberg e Trump discutiram abertamente quando se desafiaram um ao outro para a Casa Branca em 2020, quando Bloomberg se referiu a Trump como um “palhaço que ladra no carnaval” e Trump chamou-o de “versão minúscula de Jeb ‘Low Energy’ Bush”.
A estimativa da Forbes é de que o o património líquido de Bloomberg seja de 104,7 mil milhões de dólares (97 mil milhões de euros), o que o coloca como a 14ª pessoa mais rica do mundo e a pessoa mais rica de Nova Iorque.
(Sara Dorn/Forbes Staff)
