As rendas continuam a subir e segundo dados do Idealista referentes ao terceiro trimestre de 2025, em 25 dos 50 concelhos mais procurados para arrendar casa o valor mediano das rendas ultrapassa os mil euros mensais.
Os valores mais elevados concentram-se nas regiões de Lisboa, Setúbal e Algarve, com destaque para Lagos, que surge no topo da tabela com uma renda mediana de 1.753 euros por mês, seguida de muito perto por Sintra (1.744 euros), Oeiras (1.743 euros) e Albufeira (1.734 euros).
Ainda acima dos 1.500 euros mensais surgem Palmela (1.612 euros) e Olhão (1.515 euros), confirmando a pressão imobiliária também nos concelhos periféricos das grandes cidades e nas zonas turísticas do litoral.
Fora do eixo Lisboa–Setúbal–Algarve, apenas cinco concelhos registam rendas superiores a mil euros: Ponta Delgada, nos Açores (1.394 euros/mês), Maia (1.119 euros), Gondomar (1.079 euros), Caldas da Rainha (1.067 euros) e Évora (1.005 euros).
Já no extremo oposto da lista, Chaves, no distrito de Vila Real, é o município mais barato entre os 50 mais procurados, com uma renda mediana de 558 euros por mês.
Em Lisboa, a renda mediana situa-se nos 1.810 euros mensais, mas a capital não aparece neste ranking dos 50 municípios mais procurados, pois surge apenas na 54.ª posição em termos de procura, o que confirma a tendência de afastamento das famílias e dos inquilinos para concelhos vizinhos, onde os preços ainda são relativamente mais acessíveis.
Nos 16 concelhos da região de Lisboa e Setúbal que integram o ranking, apenas Alenquer (936 euros/mês) escapa à barreira dos mil euros. Os restantes ultrapassam esse valor, com casos como Seixal (1.460 euros), Odivelas (1.431 euros), Almada (1.421 euros) e Montijo (1.398 euros) a evidenciarem que a pressão do mercado lisboeta já se estendeu a toda a coroa metropolitana.
O Idealista sublinha que estes dados refletem as rendas medianas das habitações disponíveis na plataforma durante o verão de 2025, um período marcado por forte procura sazonal e por uma escassez persistente de oferta, sobretudo nas zonas urbanas e turísticas.
Apesar das diferenças regionais, o retrato geral é claro: arrendar casa em Portugal tornou-se um desafio transversal, e os valores praticados nos concelhos mais procurados estão cada vez mais afastados do poder de compra médio das famílias.





