Os dados são do INE e do IEFP, a análise é da Randstad: as quedas no desemprego em abril – taxa que estava então nos 6,8% – e no emprego, resultam de uma quebra do número de pessoas ativas no mundo do trabalho. Ou seja, a população ativa diminuiu em mais de 16 mil pessoas, refletindo-se esse valor na queda do desemprego, em menos 11.500 pessoas. No total, em abril, estavam registadas mais de 295 mil pessoas sem trabalho, o que representa 64% dos pedidos do total dos 461 mil pedidos de emprego registados no IEFP.
Por grupos etários a maior diminuição situou-se em adultos maiores de 25 anos, com uma quebra de 6.600 pessoas.
O mês de abril registou a primeira queda mensal desde o início de 2023 relativamente ao emprego, com uma diminuição de 4.700 pessoas. A análise da multinacional de emprego e talento revela que o número de pessoas empregadas passou assim para 4.913.200. Comparando, não com o mês anterior, mas com o mês homólogo do ano anterior, verificou-se um aumento de 33.700 pessoas empregadas, o que representou um acréscimo de 0,7%. A população ativa aumentou 82.700 pessoas atingindo um total de 5.270.200 ativos, e o desemprego aumentou em 49 mil pessoas face a abril de 2022.
Analisando o desemprego por grupos, sexo e idade, a evolução situou-se em ambos. A análise mostra uma diminuição de 3.100 mulheres desempregadas, o que equivale a menos 1,6% e uma diminuição de 8.300 homens. Por grupos etários a maior diminuição situou-se em adultos maiores de 25 anos, com uma quebra de 6.600 pessoas e na faixa dos 16 aos 24 anos, com um recuo de 4.800, relativamente a março último.
Quebra do desemprego sentido em quase todas as regiões
Por regiões, o decréscimo homólogo do desemprego foi registado em quase todas as regiões do país, sendo a zona norte a mais acentuada, com menos 6.350 pessoas, o que equivale a uma quebra de 5,3%. Segue-se a região metropolitana de Lisboa, com menos 5 mil pessoas. Contrariando a tendência do resto do país, no Alentejo registou-se um aumento do desemprego em 251 pessoas, o equivalente a 1,8%.
Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad, diz, em comunicado, que “a nossa análise destaca ainda que o grupo profissional de trabalhadores não qualificados representa a maior percentagem do desemprego registado no continente, 27,2% (76.372 pessoas). Este grupo profissional foi o único que se manteve praticamente inalterado em relação ao mesmo mês do ano anterior”.
O grupo profissional com a maior diminuição do desemprego registado no continente, foi o de representantes do poder legislativo, órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos.
Diz ainda que, em termos de percentagem de desempregados registados no continente, de 280.970 pessoas, o grupo de trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores ascendeu a 20,2%, o de pessoal administrativo a 11,9% e o especialistas das atividades intelectuais e científicas a 10,2%. O grupo profissional com a maior diminuição do desemprego registado no continente, tanto em termos interanuais como mensais, foi o grupo de representantes do poder legislativo, órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos, com uma diminuição de 10.229 pessoas, cerca de menos 3,5%, em relação a março de 2023.