Sempre esteve muito próximo do funk e desde pequeno que sonhava em fazer música e entreter as pessoas. Hoje, conhecido mundialmente pelos seus ritmos musicais, o brasileiro MC Kevin O Chris, com um número considerável de seguidores nas redes sociais, recebe por cada espetáculo em que actua um “cash” que ronda aproximadamente os 40 mil euros.
Em entrevista exclusiva à FORBES, o artista brasileiro fala do seu “mega espetáculo” musical em Lisboa, um evento em preparação e que será realizado pela agência Fábrica, em parceria com a MEO.
O cantor explica as reais motivações que o levaram a escolher a capital portuguesa para a gravação do seu próximo DVD.
Conte-nos um pouco como entrou para o mundo da música?
O funk sempre esteve muito próximo de mim. O meu sonho era poder levar o funk cada vez mais longe e sinto que estou cada vez mais perto desse sonho. Desde pequeno que tenho vontade de fazer música e de entreter os fãs. Eu queria levar o funk para o mundo e fazer com que as pessoas pudessem conectar-se com a mesma energia que eu sinto quando estou nos palcos ou a produzir uma faixa nova. É surreal poder realizar esse sonho.
Que mensagens trazem as suas músicas?
Depende da música. Inspiro-me em várias coisas diferentes. Posso colocar numa música alguma história minha, coisas que sinto, mas também escrevo sobre o que nunca vivi. “Tipo Gin” foi um som que eu escrevi pensando em Deus, por exemplo. Tudo aconteceu ao mesmo tempo – eu já tinha o beat e fui criando a letra e desenvolvendo tudo em conjunto. Na música são tocados cavaquinho e teclado; o resto é eletrónico. Deus foi a minha inspiração. O início da música fala sobre graça e energia – foi o que me tirou de um momento difícil que eu estava a viver. Quando criei “Tipo Gin” estava mal: sem inspiração, não queria compor sobre qualquer coisa; queria algo profundo. O refrão fala “ela tá movimentando” e essa frase representa alguém que sempre ora por mim e se movimenta para me manter de pé.
Fora o Funk tem um outro estilo que também gostaria de cantar?
Eu sou bem ligado ao funk. Acho que foi o funk que me escolheu. Mas não fico preso apenas a um estilo, porque acho que a música é uma grande mistura. Em “Baila pra mim”, por exemplo, eu, o DJ Lucas Marquez e o Pedro Bernadino, fizemos um som com muito reggaeton. O funk é a minha raíz, mas não gosto muito de me limitar.
Atualmente é mais conhecido como um dos principais representantes da vertente 150 BPM. Que significado tem esse reconhecimento na sua carreira artística?
Eu sinto-me muito honrado porque, como eu disse, sempre tive uma ligação muito forte com o funk. Quero poder levá-lo cada vez mais longe. A minha carreira começou há um tempo e representar as minhas origens deixa-me muito animado.
Quais são as perspetivas para o seu mega espetáculo musical em Lisboa?
São as melhores possíveis. Para o DVD “Sonho de Garoto”, eu prometo aquele “funk-raíz” do modo que as pessoas gostam. Estou demasiado orgulhoso desse trabalho.
Quais são os sucessos que serão apresentados ao vivo?
Não posso dizer muito para não fazer spoiler, mas a gravação do DVD contará apenas com músicas minhas. Estou bastante animado pelo facto de ter chegado até aqui e prometo entregar uma apresentação repleta de “funk raíz” e muita animação.
Escolheu Lisboa para a gravação do seu próximo DVD. Quais foram as reais motivações para optar por Lisboa?
Tenho muito carinho pelo povo de Portugal. Sinto que existe uma relação muito boa entre os dois povos e esse é um match que me deixa muito feliz de poder entregar. Além disso, os portugueses recebem sempre muito bem os meus lançamentos. Nos rankings das plataformas digitais, nas minhas redes sociais, em comentários nos clips, os portugueses estão sempre presentes.
Enquanto ronda atualmente o “cash” do MC Kevin O Chris por cada espetáculo?
Aproximadamente 40 mil euros.
Quantos seguidores tem atualmente nas redes sociais?
Eu não sou muito ligado aos números de seguidores, mas o meu Instagram tem 2,6 milhões de seguidores, no Youtube são 3 milhões. Ao todo, são quase 6 milhões de ouvintes mensais no Spotify e mais de 5 bilhões de reproduções nas plataformas digitais.
Tendo em conta a grande relação que o Brasil tem com África, por via da dança, música e da cultura no geral, que tipo de relação o MC Kevin O Chris tem com África ou alguns países africanos?
Alguns países africanos gostam bastante das minhas músicas nas plataformas digitais, como Angola e Moçambique. Fico fascinado com essa troca de cultura, de som, quero muito poder cantar por lá, algum dia.