As adversidades da infância moldaram a jornada de sucesso de Marco Damásio, fundador e CEO da DamásioCar. Ao perceber a sua trajetória pessoal e a sua paixão por automóveis e por estratégias de negócio, percebemos as origens da empresa que criou, a visão que impulsiona e sustenta a ascensão a DamásioCar no panorama nacional e o fenómeno do mercado automóvel português.
O que é que o Marco Damásio trouxe da sua infância para o sucesso de hoje?
Marco Damásio: As dificuldades que eu tive na infância fizeram com que eu agora dê valor a tudo o que eu conquisto diariamente. A minha infância não foi brilhante, mas tudo o que eu conquistei até aos dias de hoje fazem parte de um crescimento pessoal e profissional que eu tive. Não foi, não é e não será fácil, mas a resiliência e o trabalho bem feito têm marcado a minha vida e é isso que tento passar às pessoas que trabalham comigo e aos meus dois filhos também. Nada é conquistado sem esforço e sem trabalho.
Qual a razão para ter entrado no setor automóvel e como surgiu a DamásioCar?
MD: Sempre fui apaixonado pelos carros e comecei a vender carros em 2013 para o stand do meu ex-patrão. Nos primeiros anos fui ganhando o meu dinheirinho e cheguei mesmo a ganhar 60 mil euros num mês, 1.500 de ordenado e 500 por cada carro vendido. Na mesma altura trabalhava nas obras e como segurança na discoteca Clube do Lago, onde trabalhei durante 11 e 3 anos respetivamente, de forma a acumular mais algum e o que ganhei nestes trabalhos, financeiramente e de conhecimentos, também foram muito importantes para ter chegado ao ponto em que me encontro atualmente. Nestes mesmos trabalhos acumulei uma quantia financeira importante até que cheguei a uma altura e pensei para mim mesmo ‘se consigo vender carros porque não ter uma marca própria, um stand com o meu nome?’. Foi desta forma que acabou por surgir a DamásioCar.
A DamásioCar tem carros para todo o tipo de clientes?
MD: A DamásioCar é para uma clientela de classe média baixa e a prova disso mesmo é que os carros mais vendidos são Peugeots, Citroëns, Volkswagen, entre outros dentro da mesma categoria. Estes carros citadinos é que dão dinheiro à marca. Porém, comecei agora neste mercado de carros para a classe média alta, com Lamborghinis, Bentleys, por aí em diante, de forma a ter outro tipo de negócio, para não ficar estagnado num só tipo de cliente e assim atingir um bocadinho de todas as classes, e porque sempre fui fã deste tipo de carros exóticos, especialmente de Lamborghinis, que sempre foi o meu carro de sonho.
A DamásioCar ter este tipo de carros leva as pessoas pensarem que devem comprar aqui porque os mesmos dão credibilidade à marca. As pessoas pensam “ele tem Lamborghinis e Ferraris, de certeza que é de confiança” e acabam por cá vir, compram os seus carros citadinos e sabem que não vão ser enganados porque estes carros dão confiança aos clientes e reconhecimento à marca. Além disso, a DamásioCar quando compra um carro deste género no estrangeiro dá ao cliente a opção de escolher as jantes à sua escolha e de colocar por exemplo vidros escurecidos, entre outras personalizações. Todas estas opções têm de ser legalizadas, um custo que pode rondar os 2.500€ ou mais, e a DamásioCar trata disso tudo. É uma imagem de marca nossa, que atrai os clientes destes carros exóticos e de luxo.
Como é que se apercebeu de que o mercado deste tipo de carros era proveitoso para o negócio?
MD: Entrei neste mundo muito por causa da paixão por estes carros em específico e porque reparei que em Portugal havia mercado para este segmento de automóveis. A prova disso foi quando comprei o meu primeiro Lamborghini em 2018 na Alemanha e no dia a seguir vendi-o cá com um lucro significativo nesse carro. Na semana seguinte, voltei ao mesmo stand na Alemanha para ir buscar outro Lamborghini, estive um ano a usufruir dele e depois vendi-o e registei novamente um bom lucro. Depois comprei um Lamborghini Performante, que não havia nenhum cá em Portugal, e oito meses depois também o vendi por um valor substancial. Todos estes negócios fizeram com que eu ficasse com uma real percepção de que afinal este mercado de carros de alta gama tinha muita procura no nosso país.
Portugal tem público para este segmento de automóveis?
MD: Tem e não é pouco! Se repararmos bem nas grandes cidades de Portugal, como Lisboa, Porto, Braga, Viseu e Faro, já se vêem muitos carros de alta gama a circular, desde Ferraris, Lamborghinis, entre outras marcas que começam a não ser tão raras de ser ver no nosso dia a dia. A realidade é que este segmento de automóveis desperta muita atenção e se chegares a uma certa localização com um Rolls Royce ou um Bentley, as pessoas tratam-te logo como um rei porque o facto é que nós somos o que temos e não o que somos. Infelizmente o ser humano é assim!
Com a DamásioCar bem estabelecida no mercado nacional, quais são agora os objetivos para o futuro?
MD: Os objetivos são ponderados porque o meu pensamento é ‘quem tudo quer, tudo perde’ ou ‘quem tudo quer, nada tem’. Em 2020, quando houve um Covid-19, tentei entrar no mundo do imobiliário, comprar terrenos, construir, etc. e para mim não deu porque prefiro ganhar por exemplo 100 mil euros a trabalhar dois meses a vender carros do que demorar um ano e meio para ganhar os mesmos 100 mil com vendas de casas. Por esta razão, a tentativa do imobiliário não deu para mim. Prefiro focar-me aqui na DamásioCar a 100% porque assim sei que vou dar o meu máximo aqui e sei que poderemos continuar a crescer de forma sustentada e pensada.
Este conteúdo patrocinado foi produzido pela DamásioCar.