Mafalda Duarte, a portuguesa que lidera o destino dos fundos verdes para o clima

Mafalda Duarte, 48 anos, continua nos primeiros lugares da lista das Portuguesas Mais Poderosas nos Negócios. A diretora executiva do Fundo Verde para o Clima, o principal instrumento para o financiamento climático no quadro do Acordo de Paris, assinado por 194 países, ocupa esta posição de destaque desde meados de 2023, e continua a alargar…
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A diretora executiva do Fundo Verde para o Clima está na quarta posição do ranking de 2025 das 50 Mulheres Mais Poderosas nos Negócios, da Forbes Portugal. Subiu de pontuação, de 83 pontos para 86,5, mas caiu do terceiro para o quarto lugar.
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Mafalda Duarte, 48 anos, continua nos primeiros lugares da lista das Portuguesas Mais Poderosas nos Negócios. A diretora executiva do Fundo Verde para o Clima, o principal instrumento para o financiamento climático no quadro do Acordo de Paris, assinado por 194 países, ocupa esta posição de destaque desde meados de 2023, e continua a alargar a sua influência em todos os continentes do planeta. Foi considerada uma das 100 líderes mais influentes nos negócios para a área climática pela revista Time.

Desde que tomou posse que lidera reformas importantes que garantam que os 50 mil milhões de dólares dos fundos verdes que gere possam ter o maior impacto possível na ação climática e transição energética até 2030. É requisitada em todo o mundo para dar palestras e conferências sobre finanças na área climática, dada a sua experiência.

Com uma avaliação de 86,5 pontos, Mafalda Duarte subiu de pontuação na lista de 2025, mas desceu do terceiro para o quarto lugar, saindo do pódio com a entrada da especialista em banca e finanças, Maria Ramos.

Nascida na Covilhã, Mafalda realizou os seus estudos superiores na Universidade do Minho, na qual completou a licenciatura de Relações Internacionais. Completou ainda esta sua formação com um mestrado feito no Reino Unido e outro nos Estados Unidos.

Iniciou a sua carreira internacional a trabalhar para o governo de Moçambique, antes de entrar no Banco Africano de Desenvolvimento e mais tarde no Banco Mundial. Em 2014, torna-se CEO do Fundo de Investimento Climático, do Banco Mundial, no qual conseguiu um crescimento de 40% da sua capitalização, e fez carreira nesta área até chegar à direção executiva do Fundo Verde para o Clima. Casada com um português, a gestora é mãe de três raparigas.

Metodologia usada no ranking das 50 Mulheres Mais Poderosas nos Negócios

O ranking das mulheres portuguesas com mais poder nos negócios, dentro e fora de fronteiras, é elaborado com base numa avaliação de centenas de empresas das quais são retirados mais os nomes de CEO, diretoras-gerais, administradoras, acionistas e empreendedoras. A Forbes Portugal analisou mais de 150 nomes para poder pontuar e chegar assim a uma lista final. No caso de empate, foram atribuídos meios pontos, ou subindo ou descendo em comparação com as pares.

A Forbes Portugal analisou mais de 150 nomes para poder pontuar e chegar assim a uma lista final.

A avaliação é feita com base em cinco critérios, pontuados de zero a 20: Fortuna, pessoal ou familiar; Poder de Decisão – se é CEO, presidente do Conselho de Administração, administradora ou acionista -; Poder de Influência, ou seja a sua projeção fora da empresa, seja em programas de responsabilidade social e cívica em que se envolve, seja associações em que participa, artigos que escreve e participação ativa nas redes sociais (sobretudo Linkedin); Dimensão do negócio – se são grandes negócios internacionais, em que países estão presentes, qual a área geográfica de ação;  e, por fim, pelo seu Empreendedorismo, se apenas fez carreira numa área, ou se envolveu na criação de empresas.

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