A Fundação que organizou a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJ) assume, a partir de agora, um novo nome (Fundação Jornada) e uma nova imagem, bem como uma nova missão: apoiar projetos de e para jovens.
Em conferência de imprensa, em Lisboa, a diretora executiva da Fundação Jornada, Marta Figueiredo, explicou que o objetivo é que, anualmente, sejam abertas duas linhas de apoio com um investimento global anual de 800 mil euros.
Estas verbas de apoio a projetos, que tenham a intenção de gerar transformação positiva nos jovens, resultam do fundo de 35 milhões de euros de lucros da JMJ.
“É uma maneira de retribuir à sociedade e à Igreja Portuguesa todo o compromisso com a JMJ”, afirma Alexandre Palma, o bispo que preside à Fundação Jornada.
A primeira edição, a lançar em 16 de outubro, tem um valor máximo de 360 mil euros, com um teto de 30 mil euros por projeto.
A Fundação Jornada vai abrir em 16 de outubro as candidaturas para a sua primeira linha de apoio.
As iniciativas terão de ser lideradas por jovens ou destinadas a jovens entre os 15 e os 35 anos e abranger as áreas da educação, da formação, da espiritualidade, da saúde mental ou da cidadania.
As candidaturas estão disponíveis para qualquer entidade que esteja legalmente constituída em Portugal, a grupos informais ou a qualquer grupo de jovens. O foco é que o público-alvo seja residente em Portugal.
Alexandre Palma, presidente da Fundação Jornada, admite, contudo, que outros temas poderão vir a ser contemplados, dependendo dos projetos que forem submetidos para análise e que estejam alinhados com aquilo que é a visão de impacto da própria Fundação.
Por seu lado, a diretora executiva da nova Fundação Jornada, Marta Figueiredo, refere que o “regulamento com toda a informação detalhada, de forma transparente, com todos os critérios” de “avaliação e de seleção dos projetos” será disponibilizado no dia 16 de outubro.
A Fundação Jornada, que tem como lema “a fé move, a ação multiplica”, conta poder colocar à disposição dos projetos que vierem a ser selecionados parceiros, cuja experiência nas mais diversas áreas, poderão também capacitar as iniciativas empreendedoras e os jovens neles envolvidos.
Alexandre Palma afirma que “o tempo vai mostrar que os frutos da JMJ” resultarão a longo prazo.
A Fundação JMJ foi criada para gerir a organização da JMJ 2023. Agora, dá-se a sua transformação em Fundação Jornada, a qual vai administrar o património gerado por um evento religioso que trouxe a Lisboa cerca de um milhão de peregrinos em agosto de há dois anos.
Quando foi criada, a Fundação JMJ era presidida pelo então bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, o qual, posteriormente, foi nomeado bispo de Setúbal. Em maio de 2024, o então padre Alexandre Palma foi nomeado pelo patriarca Rui Valério para ser o novo presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023. Em junho de 2024, a cerca de dois meses de completar 46 anos de idade, Alexandre Palma foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa, tornando-se o mais novo dos bispos portugueses. É Alexandre Palma quem passou a presidir aos destinos da nova Fundação Jornada.