Depois de o Governo ter avançado com várias medidas de apoio, em 2020, a maioria das empresas revela ter recorrido a pelo menos a uma delas, com destaque para o layoff simplificado, segundo um estudo realizado pela PME Magazine e a More Results, sobre a realidade das firmas portuguesas.
Relativamente ao financiamento, o estudo indicou que mais de metade das empresas analisadas afirma sentir-se otimista e acredita que não vá ser imprescindível recorrer à banca em 2021. Dos que identificaram essa necessidade (13,4%), avança o documento, tinham como objetivo o investimento e, só depois, a reposição dos valores e da tesouraria.
Este barómetro, que teve como público alvo as micro, pequenas e médias empresas portuguesas, como uma amostra de 351 organizações recolhidas entre os dias 15 de dezembro de 2020 e 21 de fevereiro de 2021, constatou ainda que 43,5% delas previam contratar, nos primeiros três meses do ano, pessoal para as áreas de operação (51,1%) e vendas (35,9%).
O documento a que a FORBES teve acesso verificou também que foram registadas quebras nas vendas em 2020, face a 2019, apesar de no último trimestre do ano serem identificadas algumas melhorias. Porém, no primeiro trimestre de 2021 averiguou-se uma incerteza moderada entre os empresários, tanto que 41% destes acreditam no crescimento ou pelo menos na manutenção dos níveis de faturação registados em 2019.
“No que toca aos desafios de 2021, as vendas destacaram-se, seguindo-se a coesão de equipa e a transformação digital, sendo que, por forma a ter uma perceção mais genérica, as empresas inquiridas revelaram-se tendencialmente pessimistas, sobretudo as de alojamento, restauração e similares, as que existem entre 11 e 15 anos e aquelas com um volume de negócios na ordem dos mais de 10 milhões de euros”, refere o documento.
Conclusivamente, o estudo indica que as empresas ouvidas ainda estão indecisas e moderadamente pessimistas, embora prevejam contratar, repor ou manter níveis de faturação ou mesmo investir em marketing. O grau de incerteza decorrente da pandemia, leva a que as instituições sejam cautelosas nas suas previsões para 2021, indicam os autores da pesquisa.