Nas últimas oito temporadas do mundial de Fórmula 1, os adeptos não conheceram outro campeão se não Lewis Hamilton ou Max Verstappen. Até agora. Em 2025, o campeão mundial é Lando Norris, o piloto britânico da McLaren que chega ao topo da categoria-rainha com 26 anos.
Norris chegou ao último Grande Prémio da época a depender apenas dele próprio, sendo que um top 3 lhe bastava para garantir o título, independentemente dos resultados do seu colega de equipa Oscar Piastri ou de Verstappen da Red Bull, ambos com a possibilidade de chegar ao primeiro lugar.
E assim foi. O piloto deixou a grelha de partida no segundo lugar, caiu para terceiro pouco tempo depois e foi nesse lugar que acabou por terminar a corrida em que ouviu pela primeira vez a mensagem que os pilotos de Fórmula 1 mais desejam ouvir da parte do seu engenheiro: “Lando Norris, és campeão mundial de Fórmula 1”.
Tal como muitos pilotos de Fórmula 1, o talento de Norris tornou-se evidente ainda jovem, com o britânico a dar nas vistas no karting. Primeiro a nível nacional, mas logo a seguir acabou por vencer os cinco campeonatos mais prestigiados a nível mundial e europeu.
Não só conquistou títulos de forma consistente no início da carreira, como também começou cedo a bater recordes. Norris conquistou o título do Campeonato Mundial CIK-FIA KF aos 14 anos, tornando-se, assim, o mais jovem vencedor do campeonato mundial de karting, seguindo os passos de Lewis Hamilton.
O piloto acabou por se juntar à McLaren a tempo inteiro como piloto de Fórmula 1 em 2019, fazendo a sua estreia no Grande Prémio da Austrália, embora já fizesse parte do Programa de Jovens Pilotos da McLaren desde 2017 e tivesse sido piloto de testes/reserva em 2018.
O piloto relembra os primeiros tempos como “a altura em que fazia o café do Alonso”, mas foram vários os departamentos por onde passou antes de chegar à pista. É que esta relação duradoura com a McLaren começou muito antes do cargo de piloto. “Tive oito dias de experiência profissional, passando por todos os diferentes departamentos da McLaren”, contou o piloto ao website da Fórmula 1 em 2018. “Tive a oportunidade de construir algumas coisas e levá-las para casa, o que foi muito giro. Adorei fazer isso, trabalhar na oficina de carbono, na oficina de acabamentos, com compósitos. Tecnologia de Design era a aula que eu mais gostava na escola. Passei algum tempo nos departamentos principais e, mais tarde, conheci a equipa do turno da noite e, depois, os engenheiros e os funcionários que trabalham nos escritórios no andar de cima. Isso ajudou-me muito a integrar-me na McLaren”.
Desde a sua chegada à equipa de Fórmula 1 da McLaren já foi colega de equipa de Carlos Sainz, Daniel Ricciardo e Oscar Piastri. Mas no final, foi ele quem levou para casa um título que a equipa já não vencia desde 2008, quando Lewis Hamilton venceu o seu primeiro título mundial.





