O ransomware, software de extorsão que pode bloquear o computador e depois exigir um resgate para desbloqueá-lo, pode parecer um problema apenas das grandes e conhecidas empresas, mas diversas investigações têm demonstrado que existem vários motivos para que também as pequenas e médias empresas (PME) estejam cientes deste problema e saibam defender-se contra ele.
De acordo com os últimos dados da Kaspersky em Portugal, o ransomware aumentou cerca de um ponto percentual entre 2019 (1,69%) e 2020 (2,65%), no que diz respeito aos ataques realizados contra utilizadores, tendo em conta vários tipos de dispositivos tecnológicos e não apenas dispositivos mobile.
Com este número a crescer, a empresa global de cibersegurança e privacidade digital alerta que, tanto utilizadores individuais, quanto empresas, devem continuar a reforçar a sua segurança.
Na investigação global, que contou com cerca de 15 mil consumidores, apenas um quarto dos que pagaram aos autores destes cibercrimes recuperaram os seus dados. Nestes casos, a Kaspersky aconselha as empresas a denunciarem o crime às autoridades ou encontrar uma ferramenta de descodificação online, através de uma fonte de confiança, como é o caso do No More Ransom.
No que respeita às empresas, a Kaspersky defende que, na maioria dos casos, a cibersegurança é tratada como uma prioridade menor, quando comparada com outras questões empresariais, o que pode levar a que tanto grandes empresas, como PME fiquem vulneráveis a ataques de ransomware.
“Independentemente da dimensão da empresa, é importante ter em conta esta ameaça, especialmente porque existem diversos hábitos úteis e fáceis de seguir, que as ajudam a assegurar processos empresariais fiáveis e seguros”, reforça a Kaspersky em comunicado.